A Comissão de Agropecuária e Política Rural (CAPR) se reuniu na manhã desta quarta-feira (15), no plenarinho 2, quando discutiu alguns temas ligados ao setor produtivo, que têm gerado preocupação entre os parlamentares. O presidente da CAPR, Cirone Deiró (Podemos), conduziu a reunião, com as presenças dos deputados Adelino Follador (DEM), Lazinho da Fetagro (PT) e Chiquinho da Emater (PSB).
Lazinho abriu as discussões, ressaltando que nesta quinta-feira (16), às 9 horas, a Assembleia Legislativa realiza audiência pública para tratar dos desafios da cadeia produtiva do leite. “Vamos reunir um grande número de produtores rurais de todas as regiões do Estado e será um amplo debate, que esperamos dar encaminhamentos que fortaleçam o setor”, afirmou.
Adelino disse que a isenção fiscal para os laticínios é “exagerada”. “Os produtores de leite estão sofrendo, com os laticínios pagando o preço que querem, quebrando os menores e maltratando a quem produz leite para eles processarem. A produção de leite emprega muita gente e gera muita renda, não pode continuar sofrendo”, destacou.
Chiquinho da Emater também reforçou a necessidade de fortalecimento do setor leiteiro, por sua importância para a economia de Rondônia. “Há um descontentamento entre os produtores, pelo baixo preço do litro de leite pago pelos laticínios”, relatou.
Fapero
A Comissão recebeu o presidente da Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero), Leandro Soares, que explicou sobre destinação de R$ 4,5 milhões para a pesquisa na cafeicultura e outras informações sobre a atuação da agência de fomento governamental.
“Temos preocupação com o erário e foi mandado um projeto que estabelece um valor de R$ 4,5 milhões para a Fapero e queremos saber, desse valor, quanto será investido em pesquisa voltado à produção agropecuária, que é a mola mestra da economia de Rondônia”, disse Cirone Deiró.
“Esse recurso vai financiar projetos voltados à cafeicultura, para renovar a matriz genética do café em Rondônia. A estimativa é de que a pesquisa dure quatro anos e será feita chamada pública para a definição dos projetos que serão contemplados”, explicou o presidente da Fapero.
Leandro reforçou que a vocação de Rondônia é a agropecuária, o agronegócio. “Por isso estamos atuando com ações voltadas ao setor. Criamos dois programas com esta finalidade: pesquisa em piscicultura e na agropecuária”, disse ele. A Fapero tem um orçamento anual de R$ 3,2 milhões, com R$ 1,5 milhões em despesa com pessoal.
Cafeicultura
Lazinho questionou se há uma preocupação com a sanidade da plantação de café, para que a cafeicultura não seja afetada, em um curto período.
Cirone solicitou que o presidente da Fapero mantivesse os deputados da Comissão informados sobre as ações, projetos e pesquisas que a agência de fomento encampa.
“Nós somos parceiros, queremos contribuir com ideias e sugestões. Recebemos as demandas dos produtores e temos buscado fazer os encaminhamentos necessários”, finalizou Cirone.