Policiais alertam para a situação crítica no sistema carcerário de Rondônia, onde facções controlam a violência.
A recente fuga de detentos em Mossoró (RN) levanta debates sobre a fragilidade do sistema prisional brasileiro frente ao crime organizado. A situação não é diferente em Rondônia, com alertas sobre o risco iminente de resgates em presídios como o de Porto Velho, citado em planos descobertos pela Polícia Federal.
A penitenciária de Pimenta Bueno, por exemplo, a 600 km da capital, enfrentou recentemente uma fuga de 13 presos, evidenciando a instabilidade do sistema. Em meio a essa realidade preocupante, o presídio de Ariquemes destaca-se como um verdadeiro ponto fraco.
Construído com verba federal em 2017, o presídio de Ariquemes registrou 24 fugas entre 2017 e 2022, permitindo que 124 criminosos retornassem às ruas, em alguns casos, em grupos significativos. Para os policiais penais, a situação é alarmante, com a unidade se tornando um “local de férias” para os detentos, que entram e saem à vontade.
A situação é tão crítica que as despesas com deslocamento e diárias dos policiais penais chegam a quase 300 mil reais por mês, devido às fugas sistemáticas. A insegurança é tão grande que a penitenciária “470” em Porto Velho foi interditada após repetidas fugas, evidenciando a gravidade do problema.
A população, muitas vezes, só toma conhecimento das fugas por meio de boatos em grupos de WhatsApp, já que os policiais penais são impedidos de se manifestar pela própria Secretaria Estadual de Justiça, gerando uma espécie de “lei do silêncio” que prejudica a transparência e a segurança pública.