
Caso aconteceu em julho de 2019 durante confusão em casa de shows. Investigados estavam à paisana e atiraram contra vítima pelas costas, diz delegado. Caso é investigado pela Delegacia de Homicídios, no Ciosp do Pacoval
Victor Vidigal/G1
Cinco policiais militares foram alvos de mandados de prisão e de busca e apreensão numa operação da Polícia Civil que investiga o homicídio de um jovem de 22 ocorrido em julho de 2019 durante uma confusão próxima a uma casa de shows no bairro Jardim Marco Zero, na Zona Sul de Macapá.
O caso é apurado pela Delegacia de Homicídios e contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar (PM). Os nomes não foram informados, mas a corporação adiantou que são três homens e duas mulheres. A vítima também não foi identificada.
A participação de cada um dos cinco é investigada, adiantou o delegado Cézar Ávila, que dará mais detalhes do inquérito na terça-feira (20). A prisão aconteceu na sexta-feira (16).
Através de testemunhas e filmagens, foi descoberto que os militares estavam à paisana num pagode quando se iniciou uma confusão, desencadeando no homicídio.
“Estavam bebendo num bar, arrumaram confusão no lado de fora. Eram dois jovens, um tentou fugir, foi cercado e eles atiraram contra e mataram, pegaram ele pelas costas. O jovem caiu e ficou morto no meio da rua. Não foi confronto, nem nada, ele estava desarmado”, explicou.
O outro jovem envolvido na confusão teria sido espancado, de acordo com o inquérito. Ávila completou que o pedido de prisão foi motivado por indícios de que alguns estavam atrapalhando as investigações.
“De certa forma uns que estavam lá protegeram, não participaram diretamente do crime, estavam dificultando, por isso a prisão também”, explicou.
O homicídio aconteceu na madrugada de 3 de julho de 2019 e os policiais estavam reunidos no estabelecimento que exibia o jogo entre Brasil e Argentina pela Copa América. A prisão tem duração de 30 dias.
“A depender desses 30 dias a prisão pode ser convertida em preventiva, que não tem prazo, podem ser liberados, caso não estejam mais atrapalhando, nem nada”, completou.
A comunicação da Polícia Militar (PM) informou que o caso está em segredo de Justiça e que inicialmente não comentará.
Reforçou ainda que a ocorrência aconteceu durante a folga dos militares e que eles se apresentaram na corregedoria ao longo das investigações.
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