Tragédia climática já afetou mais de 2,3 milhões de pessoas no estado

O número de mortes causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul subiu para 162, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil estadual na tarde desta quarta-feira (22). Além disso, 75 pessoas continuam desaparecidas e 806 ficaram feridas.

Mais de 581 mil pessoas estão desalojadas e 68.345 estão em abrigos espalhados pelo estado. Dos 497 municípios gaúchos, 467 foram impactados pelas chuvas, afetando mais de 2,3 milhões de pessoas, na maior tragédia climática já registrada na história do estado.

Previsão do tempo

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um novo alerta para chuvas intensas, com volumes entre 120 mm e 150 mm na metade sul do estado nos próximos dias. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também alerta para a chegada de uma nova massa de ar polar e a formação de um ciclone extratropical no oceano, prevendo ventos de até 100 km/h na costa do estado e possível queda de granizo.

As chuvas devem aumentar o nível de rios e arroios, especialmente o Canal de São Gonçalo, que banha a cidade de Pelotas e já está acima da cota de inundação. As cidades de São Lourenço do Sul, Pelotas, Arambaré, Rio Grande e São José do Norte estão em estado de alerta.

Reconstrução

Até a terça-feira (21), o governo federal, através do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), aprovou 318 planos de trabalho dos municípios para ações de resposta, restabelecimento e reconstrução das áreas afetadas pelas chuvas de abril e maio no Rio Grande do Sul. Com isso, R$ 233 milhões estão sendo repassados pela União para as ações de Defesa Civil, e outros planos de trabalho ainda estão em análise.