16 de setembro de 2024

Casos confirmados da Covid-19 chegam a 1% da população de RO. Madeirão debate com Agevisa os números da doença

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Casos confirmados da Covid-19 chegam a 1% da população de RO. Madeirão debate com Agevisa os números da doença

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A marca, que não merece nenhuma comemoração, foi alcançada 94 dias após o registro do primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no estado, em 20 de março, em Ji-Paraná.

O Boletim número 100 da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado no final da tarde do último dia 24, trouxe consolidados 17.424 Casos confirmados da Covid-19, com 6.741 Pacientes recuperados e 455 Óbitos.

No dia 24, foram confirmados 925 novos casos, 286 pacientes recuperados e 11 mortes em função da Covid-19. 

Com o total de 416 pacientes internados e outros 9.203 se recuperando em casa, o estado segue com 10.228 casos ativos.

A AGEVISA – O trabalho da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) tem sido fundamental para que esses números cheguem, de forma mais fidedigna possível, à população, além de auxiliar nas tomadas de decisão da Sesau, com relação às medidas a serem adotadas para atenuar o contágio e a letalidade da doença no Estado.

Na manhã de quarta-feira, 24, enquanto preparava o Boletim número 100, que anunciaria que 1% da população contraiu a doença em Rondônia, a equipe do “Madeirão” foi recebida pela equipe da Agevisa, no Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs). A reportagem pôde acompanhar o processo, desde a chegada das informações dos municípios, até o fechamento dos boletins diários.

Informações

O fechamento dos dados se baseia nas informações prestadas até o meio-dia, de cada município, compreendendo as últimas 24 horas, e não exatamente o último dia, e sim, duas metades de dias distintos.

“É importante esse acompanhamento da imprensa, para compreender, mais de perto, como é feita a gestão desses dados”, reforça a diretora geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), Ana Flora Gerhardt.

“Quanto à Covid-19, essas ações foram maximizadas e abrangem recebimento dos registros de dados e análises. Além do trabalho em rede com as vigilâncias epidemiológicas municipais, hospitalares, bem como com o Cievs de Porto Velho, para posteriormente tornar público esses dados para os cidadãos e demais órgãos interessados, como exemplo o Ministério de Saúde”, explica. 

Um debate produtivo e saudável, entre as equipes da agência e a redação do jornal, buscava dirimir uma dúvida que a maioria das pessoas têm: qual é de fato o número real de pacientes, com a doença, no Estado, por exemplo.O assunto foi tema de reportagem no “Madeirão” há cerca de uma semana.

A reportagem propunha três fórmulas para se chegar ao número de pacientes ativos, mas, ambas apresentavam resultados diferentes.

Fórmulas

Para confrontar esses resultados, a reportagem foi pacientemente recebida pelo Coordenador do Eixo Operacional do Sistema do Comando de Incidentes, Kerry Alesson, que eliminou uma das fórmulas em questão e justificou a divergência entre as que restaram. 

Reproduzir o raciocínio usando como base, os números do dia 24 de junho, ajudam a entender os cálculos feitos pela Agevisa:

Hipótese I – O total de casos registrados até a quarta-feira foi de 17.424. Subtrai-se esse número do total de pacientes recuperados até a data, 6.741, e o número de óbitos, 455. O resultado mostra que no dia 24 havia 10.228 pacientes ativos.

Hipótese II – Somamos o número de pacientes internados na data, 416, os pacientes que se recuperam em casa, 9.203. O resultado; 9.619.

A diferença entre os resultados é de 609 pacientes ativos.

Kerry Alesson argumentou que, nem todos os pacientes recuperados constam no sistema como tal. “Isso porque o acompanhamento dos pacientes que se recuperam em casa pode ser muito difícil para as cidades com grande número de casos ativos”, salientou, justificando que em municípios menores, com menos de 50 casos (36 dos 52 de Rondônia), não é tão complicado, mas para os outros (16 municípios estão nessa faixa) é um grande desafio. Imagina a capital com 10.893 casos?”

Porto Velho tem 2.741 pacientes recuperados e 324 óbitos. Portanto, 7.828 casos ativos. 

Registro

É para esse universo imenso, de quase oito mil pacientes ativos, que a Agevisa/Sesau deve voltar a atenção.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de óbitos em casa por Covid-19, Alesson mencionou que há apenas um registro. “É o caso daquele taxista de Porto Velho”, rememorou.

Segundo o coordenador, naquela época não havia os testes rápidos, o diagnóstico era impreciso e o resultado dos exames, às vezes, chegavam tarde demais.

O MÊS DE JUNHO

Os óbitos aumentaram 186,1% em junho, saltando de 159, no dia 1º, para 455, no dia 24.

Os casos confirmados saltaram de 5.172 para 17.424. O crescimento registrado no mesmo período foi de 236,9%.

O número de novos casos confirmados duplicou nos últimos 17 dias. Um avanço bem menos veloz que as vezes anteriores em que os casos duplicavam, em média, a cada 11 dias.

Já os óbitos duplicaram em 19 dias. Uma relativa perda de velocidade em relação aos períodos anteriores, quando o número de mortes dobrava, em média, a cada 16 dias.

A letalidade da Covid-19 em Rondônia, até a quarta-feira, 24, era de 2,6%.