Após um longo e tenebroso inverno, no campo da política, o município de Vilhena parece ter tomado um norte, para mostrar que não é à toa que é a capital do sul do Estado.

A vocação para a agropecuária, o turismo de negócios, a consolidação como cidade pólo de educação e saúde, foram os fatores que mantiveram a cidade de pé nos últimos anos. Mas faltava mais empenho da classe política, especialmente da política local, para que o município pudesse reverter toda essa pujança em melhorias na qualidade de vida dos vilhenenses.

No ano passado, a gestão do município trocou de mãos, ficando sob a batuta do empresário, estreante na política, Eduardo Japonês, do PV. Em janeiro deste ano, o vereador Ronildo Macedo, do mesmo partido, assumiu a presidência da Câmara Municipal, tornando a relação entre os poderes mais harmônica, propiciando, quando bem-intencionada, uma gestão exitosa.

Parlamento

Em entrevista ao “Madeirão Web, o presidente do Legislativo em Vilhena, Ronildo Macedo, afirmou que o parlamento irá cortar na própria carne, buscando esse objetivo.

“A nossa Câmara de Vereadores irá economizar aproximadamente R$ 5 milhões, até o fim desta legislatura, e investir em projetos que atendam a comunidade mais carente de Vilhena”, declarou o presidente, informando ainda, que o ex-presidente da câmara, já havia iniciado esse processo, onde foram economizados cerca de cinco milhões de Reais. 

Ação do tempo

Os valores economizados foram revertidos à construção da sede do parlamento, que sofria com os danos causados pela ação do tempo. “Até documentos foram perdidos com as goteiras que caíam dentro dos gabinetes. Vereadores compraram lonas para proteger os computadores em cima das mesas. A reforma era inadiável”, defende o atual presidente da câmara, que pretende entregar a reforma, já em fase de conclusão, nos próximos meses.

Em razão da reforma da câmara de Vilhena, os gabinetes e os departamentos foram transferidos para um hotel, onde a equipe do “Madeirão” foi recebida.

Nos últimos meses, a administração de Vilhena recebeu duras críticas, ao trabalhar temas impopulares, porém necessários, no âmbito da arrecadação municipal.

O realinhamento do Imposto Predial e territorial Urbano, IPTU, foi o que causou mais polêmica.

Grandes potências econômicas da cidade, que obtém grandes áreas urbanas, reagiram a ação da prefeitura.

“A maioria desses terrenos, improdutivos, em áreas nobres, com toda a infraestrutura à disposição, são usados, na maioria das vezes, para especulação imobiliária. Os pobres, que vivem na periferia, sem ter boas escolas, ruas pavimentadas e boa saúde pública à disposição é quem está pagando pelos mais ricos”, argumenta Ronildo, em defesa do realinhamento do IPTU em Vilhena.

“Se Vilhena tivesse vesse esse realinhamento em 2009, teria arrecadado mais de R$ 200 Milhões de Reais nesse período”, contabiliza o presidente da casa de leis.

E comparou: “Em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, com população de 65 mil habitantes, a prefeitura fatura R$ 24 milhões. Vilhena com cerca de 100 mil habitantes, arrecada apenas R$ 6 milhões ao ano com o IPTU. Por isso nunca se tem recursos para pagar as contrapartidas, quando vem recursos para investimentos na cidade”, finaliza o Ronildo Macedo.

Perspectivas

A nova política em Vilhena, as ações da administração e as perspectivas para os próximos anos, foram abordados na entrevista do presidente da câmara de Vilhena, Ronildo Macedo, ao “Medeirão Web”. Acesse e assista em www.madeiraoweb.com.br.