A Câmara dos Deputados impôs uma derrota ao governo federal ao derrubar a Medida Provisória (MP) que visava aumentar a arrecadação. A decisão ocorreu nesta quarta-feira, após aprovação de um requerimento de retirada do texto da pauta, com 251 votos a favor e 193 contra.
A MP, que precisava ser aprovada tanto na Câmara quanto no Senado, não chegou a ser votada. A articulação do governo para garantir a aprovação da medida não foi suficiente para superar a resistência de parlamentares, especialmente aqueles ligados ao Centrão.
Flexibilização não convenceu
Diante da oposição, o governo Lula já havia publicado uma versão mais flexível da MP, com ajustes em alguns tributos, numa tentativa de angariar apoio. No entanto, a mudança não foi suficiente para convencer a maioria do Congresso.
A derrubada da MP representa um revés para a política fiscal do governo e levanta questionamentos sobre a capacidade de aprovação de outras medidas importantes no Congresso Nacional. A medida provisória buscava equilibrar as contas públicas e financiar programas sociais.
A votação expôs a força do Centrão no cenário político e a necessidade do governo de aprimorar sua estratégia de negociação com os diferentes blocos parlamentares. A expectativa agora é de que o governo apresente novas propostas para aumentar a arrecadação e garantir a sustentabilidade fiscal do país.
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