Avanço do desmatamento e “pedalada climática” dificultam metas climáticas brasileiras
O Brasil enfrenta um desafio significativo para cumprir as metas do Acordo de Paris. Apenas o bioma amazônico é responsável por 36% das emissões brutas de gases de efeito estufa no país, tornando crucial a redução do desmatamento em 48%, de acordo com um relatório do Observatório do Clima.
Para entender melhor, o Acordo de Paris é um compromisso global de 195 países, incluindo o Brasil, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento global a 1,5°C em relação ao século 19.
No entanto, fatores como o avanço do desmatamento e uma “pedalada climática” do governo anterior tornaram o cumprimento dessas metas mais desafiador. A “pedalada climática” se refere a uma atualização nas metas de emissões que elevou as emissões de CO2, questionada judicialmente por ativistas e ex-ministros do Meio Ambiente.

O presidente atual, Luis Inácio Lula da Silva, solicitou uma correção nas metas climáticas, visando eliminar a distorção causada pelas atualizações anteriores. No entanto, a nota técnica critica a falta de avanços significativos, chamando a nova meta de uma “nova velha NDC” que não avança nas reduções de emissões.
O Brasil já conseguiu reduzir o desmatamento em 48% no passado, especialmente nos primeiros anos de implementação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm) na década de 2000.
Embora os números recentes de desmatamento em 2023 mostrem alguma melhora, a nota técnica destaca a necessidade de um compromisso mais efetivo para atingir as metas climáticas e acompanhar o entendimento global pós-COP26 de estabilizar o aquecimento em 1,5°C.
Leia o documento do Observatório do Clima na íntegra AQUI.