O governo brasileiro está em fase avançada de negociações com a União Europeia e a China para a criação de um mercado internacional de carbono, conforme informado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A iniciativa visa integrar os sistemas de mercado de carbono existentes e impulsionar a redução de emissões de gases do efeito estufa.
Objetivo da coalizão
O foco atual é articular uma coalizão para que o acordo seja anunciado durante a Conferência do Clima da ONU (COP30), que será realizada em Belém, no Pará, em novembro. O mercado de carbono funciona através da concessão de créditos a empresas e governos que reduzem sua poluição. Esses créditos podem ser vendidos para aqueles que ainda não atingiram suas metas de redução, incentivando a diminuição das emissões.
De acordo com Haddad, a mensuração da energia fóssil utilizada na produção de bens, como aço, será um componente crucial desse processo. Essa avaliação detalhada acelerará a transição para fontes de energia mais limpas. A aliança internacional também buscará definir metas de emissão de carbono a serem reduzidas progressivamente, estimulando a adoção de práticas mais sustentáveis.
Liderança brasileira
O ministro Haddad destacou a capacidade do Brasil em liderar esse debate, citando o exemplo do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), anunciado na COP28, em Dubai, no ano passado. O governo tem dedicado esforços para obter o apoio de diversos países e abrir caminho para ações concretas na área de mercado de carbono.
“Podemos formar uma grande coalizão em torno de um mercado internacional de carbono. Isso pode fazer toda a diferença, com os cuidados que a economia exige. Ao mesmo tempo, a tecnologia está evoluindo para baratear os custos de produção de energia limpa”, afirmou Haddad. Ele ressaltou a rápida queda nos preços de placas solares como um exemplo do avanço tecnológico e da importância de investir em soluções inovadoras para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.










