A partir das 7h desta quarta-feira, seleção brasileira busca vitória para avançar às oitavas
Na próxima quarta-feira (2), a seleção brasileira de futebol feminino entrará em campo às 7h (horário de Brasília), no Melbourne Rectangular Stadium, na Austrália. O desafio será contra a Jamaica, e a partida será crucial para a continuação do Brasil na Copa do Mundo de futebol feminino.
Com uma derrota de 2 a 1 para a França, a seleção brasileira está atualmente na 3ª posição do Grupo F, com 3 pontos, atrás das jamaicanas, que possuem 4 pontos, e da França, líder do grupo. Para assegurar sua vaga nas oitavas de final, a equipe liderada pela treinadora Pia Sundhage precisa vencer.
No entanto, a pressão por uma vitória não abalou o moral das jogadoras brasileiras. Em uma coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (31), a atacante Andressa Alves disse: “O Brasil ainda é favorito contra a Jamaica. Só dependemos de nós mesmas [para alcançar a classificação], então temos que mostrar a nossa força dentro de campo. É um jogo que não tem margem para erro, temos que fazer o nosso melhor jogo até agora na competição. Eu confio no meu time, sei que o Brasil tem futebol para vencer”.
Contudo, Andressa Alves, que atua pelo Houston Dash (Estados Unidos), também alertou para as dificuldades que a equipe jamaicana pode apresentar: “Sabemos da dificuldade que será contra a Jamaica, porque não é a Jamaica de 2019 [que o Brasil bateu por 3 a 0 naquele Mundial]. Pelo contrário, é uma seleção muito bem estruturada e contra a qual teremos que jogar tudo, pois é uma final. Em final não se joga, se vence. Então, temos que entrar com esse pensamento. O importante não é golear, o importante é vencer de 1 a 0 e fazer os três pontos e passar de fase”.
Pia Sundhage, a treinadora da seleção brasileira, também afirmou que a equipe está preparada para o confronto: “Estudar a outra equipe é muito importante e passar às jogadoras que tipo de jogo está por vir também. Com um empate de 0 a 0 a Jamaica está dentro, já [uma vitória] de 1 a 0 para o Brasil nos coloca dentro. Um gol muda o jogo totalmente. Então, é claro que estamos preparadas para isso”.
Para Marta, a Rainha do Futebol, este jogo pode ter um significado especial. Caso o Brasil seja derrotado, este será o último jogo da atacante pela seleção brasileira. Porém, Marta está motivada para o confronto: “Fico feliz quando escuto isso das meninas, que elas querem ganhar essa Copa por mim, mas elas têm que ganhar por elas. Essa Copa do Mundo não é apenas sobre mim, é sobre o futebol feminino em geral, sobre essa geração que está surgindo e vai levar esse trabalho por muitos anos. É por todas nós. Não só sobre a Marta. Se isso as motiva um pouco mais, vamos em frente, vamos à luta”.
Um confronto familiar
A partida desta quarta-feira não é o primeiro confronto entre Brasil e Jamaica em uma Copa do Mundo de futebol feminino. As equipes já se enfrentaram na edição passada do torneio, quando o Brasil venceu por 3 a 0. Onze jogadoras daquela partida continuam na equipe jamaicana, incluindo Khadija Shaw, a principal jogadora do time. Shaw, de 26 anos, atua pelo Manchester City (Inglaterra) e foi a segunda maior artilheira do último Campeonato Inglês, marcando 20 gols em 22 jogos.
A seleção jamaicana sofreu mudanças recentes em sua equipe técnica, com Lorne Donaldson assumindo o lugar de Vin Blane após as jogadoras da equipe caribenha pedirem a troca de técnico à federação. Blane, por sua vez, substituiu Hubert Busby Jr., que foi suspenso após acusações de assédio sexual em 2011, quando trabalhava no Canadá. Busby Jr. havia sido assistente da seleção jamaicana em 2019.