O Brasil vai apresentar um projeto inédito na COP30: um barco movido a hidrogênio, batizado de JAQ H1. A embarcação representa um passo importante para a descarbonização do transporte fluvial, com potencial para impactar positivamente a logística e as pesquisas na região amazônica.
O JAQ H1, com 36 metros de comprimento e sistema de hidrojatos, foi desenvolvido pelo Grupo Náutica em parceria com empresas como Itaipu Parquetec, MAN, GWM, Artefacto, Café Orfeu e Heineken. A embarcação não é apenas um meio de transporte, mas também um laboratório flutuante para estudo e monitoramento dos biomas.
Durante a COP30, toda a infraestrutura do JAQ H1 – iluminação, climatização, cozinha e um auditório para até 50 pessoas – será alimentada exclusivamente por hidrogênio, garantindo uma operação com emissão zero de carbono. A iniciativa faz parte do projeto maior, JAQ Hidrogênio, que visa aprimorar a tecnologia e expandir o uso de hidrogênio verde (H2V) no transporte.
O hidrogênio verde é considerado um componente chave na transição para uma economia de baixo carbono, especialmente no setor marítimo, responsável por cerca de 2,89% das emissões globais de CO₂. A expectativa é que o projeto sirva como modelo para o desenvolvimento de embarcações mais sustentáveis e eficientes.
“O lançamento do JAQ H1 é um símbolo de que o Brasil pode ser um laboratório não apenas para a ciência do clima, mas também para a inovação tecnológica, e traçar o caminho para uma navegação mais eficiente e limpa”, destaca Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica e idealizador do JAQ Hidrogênio.
O Grupo Náutica, com mais de 40 anos de experiência no setor náutico, tem focado em soluções inovadoras e sustentáveis. O JAQ Hidrogênio representa um investimento no futuro do transporte fluvial, alinhado com as metas de descarbonização e preservação ambiental.











