A cultura paraense ganha cada vez mais destaque no cenário nacional. Uma pesquisa recente, a ‘Cultura nas Capitais’, da JLeiva Cultura & Esporte, com apoio do Instituto Cultural Vale, revelou que Belém é uma das capitais brasileiras com maior frequência de visitação a museus. Cerca de 35% dos moradores da cidade têm o hábito de frequentar esses espaços, superando a média nacional de 27%.
O Pará conta com mais de 15 museus e memoriais que preservam a história e a identidade local. De 2019 a 2025, esses espaços do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM) receberam mais de 1,8 milhão de visitantes.
Ursula Vidal, secretária estadual de Cultura (Secult), destaca que o aumento no número de visitantes reflete o esforço do governo estadual em democratizar o acesso à cultura. “Esse resultado é fruto da política de democratização do acesso que o Governo do Pará vem implementando desde 2019. Criamos novos equipamentos, como o Museu das Amazônias, que já recebeu mais de 25 mil visitantes em apenas 15 dias. Também inauguramos o Memorial da Cabanagem, o Palacete Faciola, o Parque Cemitério da Soledade – o primeiro cemitério-museu do Norte – e revitalizamos o Museu do Marajó, a Estação Cultural de Icoaraci, o Memorial Verônica Tembé, o complexo Porto Futuro e o Museu da Imagem e do Som, que ganhou uma nova sede no Faciola”, explica.
Para incentivar a visitação, a Secult oferece entrada gratuita aos domingos, horários estendidos, preços acessíveis e programas como ‘Uma Noite no Museu’. O objetivo é fortalecer os laços da população com a cultura e transformar o cotidiano das pessoas.
“Esse movimento de pertencimento e de encontro com a arte é o que faz da cultura um bem essencial e do Pará, uma referência para o Brasil”, complementa Ursula Vidal.
Alvaro Mota, 22 anos, auxiliar de logística, é um dos paraenses que apreciam os museus da cidade. “Cada visita é como uma viagem à nossa própria cultura e história. Sinto que estou aprendendo e revisitando culturas que eu nunca presenciei antes, além de descobrir histórias interessantes sobre o nosso passado como capital da Amazônia. Gosto de visitar e apreciar o patrimônio arquitetônico em edifícios como a Casa Francisco Bolonha e o Palácio do Estado”, relata.
Armando Sobral, diretor do SIMM, explica que o governo estadual tem investido na manutenção dos espaços, na ampliação da acessibilidade e da gratuidade, e na criação de ações que levam os museus para as periferias e aproximam a comunidade escolar. “Focamos na diversidade temática e tipológica dos museus para oferecer um amplo entendimento sobre a cultura e a arte na Amazônia”, finaliza.
Entre os principais museus do estado estão o de Arte Sacra do Pará, Forte do Presépio, o Museu do Estado do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Museu da Imagem e do Som, Museu do Círio, Museu de Gemas do Pará, Museu Amazônico da Navegação, Museu do Marajó e das Amazônias, além dos memoriais da Cabanagem e Verônica Tembé, e do Palacete Faciola e Parque Cemitério Soledade.











