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13 de outubro de 2025

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BC nega compra do Banco Master pelo BRB por inviabilidade

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A compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) foi negada pelo Banco Central (BC) devido à ausência de comprovação de “viabilidade econômico-financeira”, conforme documento obtido pela reportagem nesta quinta-feira (9). O BRB e o Master anunciaram a operação em março, mas o processo foi barrado pela diretoria colegiada do BC em setembro, mais de cinco meses depois.

Decisão unânime

O registro revela que a decisão foi unânime, sem divergências entre os membros da diretoria colegiada, instância máxima do Banco Central, composta pelo presidente Gabriel Galípolo e mais oito diretores.

Segundo a decisão, os dirigentes do BC entenderam que o pedido não atendia aos requisitos necessários para autorização, especialmente em relação à “viabilidade econômico-financeira do empreendimento”.

Aprovações anteriores

A aprovação do BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia dado o aval em junho. A Câmara Legislativa do Distrito Federal também havia aprovado uma lei autorizando a compra, proposta e sancionada rapidamente pelo governador Ibaneis Rocha.

O acordo previa que o BRB, controlado majoritariamente pelo governo do Distrito Federal, adquirisse 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master.

Estratégia de captação do Master

Nos últimos meses, a atuação do Banco Master gerou preocupações no mercado financeiro devido à sua estratégia de captação de recursos considerada arriscada. O banco oferecia Certificados de Depósito Bancário (CDBs) com taxas significativamente superiores às praticadas por outras instituições, atraindo investidores com base na proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

O FGC garante até R$ 250 mil por investidor em caso de falência de um banco associado, sendo um fundo privado formado pelas instituições financeiras, que assegura os recursos dos investidores.

Essa prática de alto risco levou o BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) a aprovarem novas regras sobre o FGC no mês passado, visando reduzir o “risco moral” de instituições com estratégias de captação excessivamente alavancadas.

A norma entrará em vigor em 1º de junho de 2026, com um período de adaptação. O modelo de negócio do Master, que inclui investimentos em ativos de baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas, também levantou dúvidas sobre sua saúde financeira.

Em resposta a um pedido de acesso à informação, o Banco Central negou a entrega integral dos pareceres que embasaram a decisão, alegando que contêm dados protegidos pelo sigilo bancário, informações pessoais e dados patrimoniais e estratégicos.