21 de dezembro de 2024

BC intervém novamente e vende mais US$ 5 bilhões para segurar o dólar

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O Banco Central (BC) voltou a agir no mercado cambial nesta sexta-feira (20). Com novas intervenções, a instituição realizou dois leilões e injetou US$ 5 bilhões para conter a alta do dólar.

A primeira oferta foi realizada logo no início dos negócios, com a venda de US$ 3 bilhões à vista. Em seguida, houve um leilão de US$ 2 bilhões, mas com o compromisso de recompra para julho de 2025.

Uma terceira intervenção estava prevista, mas nenhuma proposta foi aceita pelo BC.


Detalhes dos leilões desta sexta-feira

Venda de US$ 3 bilhões à vista

  • Horário: abertura do mercado.
  • Valor: US$ 3 bilhões.
  • Cotação do dólar: R$ 6,082, com queda de 0,66%.
  • Anúncio: feito na noite anterior, quinta-feira (19).

Venda de US$ 2 bilhões com recompra

  • Modalidade: leilão de linha com compromisso de recompra em 2 de julho de 2025.
  • Cotação: R$ 6,584.
  • Propostas aceitas: cinco.


Intervenção anterior do BC já havia injetado US$ 8 bilhões

Na quinta-feira (19), o Banco Central também realizou duas intervenções expressivas. Foram vendidos US$ 8 bilhões em leilões à vista, ajudando a derrubar o dólar após uma semana de alta.

Durante essa operação, quando a moeda chegou a bater R$ 6,30, o BC injetou US$ 5 bilhões em uma única transação, a maior intervenção à vista já registrada.


Volume total de dólares injetados passa dos US$ 20 bilhões

Desde a semana passada, o BC vem atuando para controlar o câmbio:

  • Total injetado: mais de US$ 20,76 bilhões.
  • Entre 12 e 19 de junho:
    • Leilões de linha: US$ 12,7 bilhões.
    • Leilões à vista: US$ 8 bilhões.


Como os leilões impactam as reservas internacionais

As intervenções do BC para vender dólares afetam diretamente as reservas internacionais do país:

  • Leilões à vista: reduzem as reservas, pois o BC vende dólares diretamente do montante armazenado.
  • Leilões de linha: funcionam como um empréstimo, já que o BC se compromete a recomprar os dólares no futuro.

Mesmo com essas vendas, as reservas internacionais estavam em US$ 352 bilhões até quarta-feira (18), o menor valor desde abril.


Por que o Banco Central está intervindo?

A disparada do dólar tem impactos diretos na economia:

  • Aumento da inflação: preços de produtos importados sobem.
  • Pressão sobre combustíveis: petróleo e derivados ficam mais caros.
  • Incertezas econômicas: afetam investidores e empresas que dependem de importação.

Com essas intervenções, o BC busca reduzir a volatilidade e manter o dólar em patamares controlados.


Situação atual do mercado

Mesmo após as intervenções, o mercado segue atento aos próximos passos do Banco Central e às condições econômicas globais. O câmbio ainda é influenciado por fatores como:

  • Taxa de juros nos EUA.
  • Tensões políticas e fiscais no Brasil.
  • Demanda por dólares no mercado internacional.