Um barco cultural, batizado de ‘Banzeiro da Esperança’, está em preparação para uma jornada de Manaus a Belém, com o objetivo de levar as demandas e propostas de comunidades amazônicas para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém em novembro de 2025.
A expedição, idealizada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e pela Virada Sustentável, partirá de Manaus no dia 4 de novembro, com paradas em Parintins e Santarém. Durante o trajeto, o barco irá ouvir lideranças ribeirinhas, indígenas e quilombolas, além de jovens e pesquisadores, coletando ideias e soluções para os desafios climáticos da região.
“O Banzeiro da Esperança é uma grande jornada que leva diferentes vozes da Amazônia para apresentar prioridades e soluções frente às mudanças climáticas. É um caminho de enfrentamento à injustiça climática, pois quem menos contribuiu para o problema é quem mais sofre seus impactos”, explica Virgilio Viana, superintendente geral da FAS.
Em Parintins, a expedição terá um encontro com os bois Caprichoso e Garantido, símbolos da cultura local. Em Santarém, o barco fará uma parada técnica para manutenção e organização das atividades.
A bordo, serão realizadas diversas atividades, como shows musicais, apresentações de artes cênicas, mesas de debate, workshops e rodas de conversa, integrando as lideranças e parceiros envolvidos na expedição.
Ao chegar em Belém, o ‘Banzeiro da Esperança’ se transformará em um Centro Cultural, aberto à população, com o objetivo de promover o intercâmbio de saberes e expressões da Amazônia. A programação incluirá a mostra especial da Amazônia Negra, painéis sobre a COP30 e oficinas de audiovisual.
Durante a COP30, a comitiva do ‘Banzeiro da Esperança’ entregará a “Carta da Amazônia” – um documento com propostas concretas para adaptação climática, conservação e sociobioeconomia – a autoridades, negociadores e representantes da sociedade civil.
A iniciativa conta com a participação de diversas instituições, como o Ministério dos Povos Indígenis (MPI), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). A jornada de formação para a COP30 já reuniu mais de mil pessoas em oficinas, fortalecendo a capacidade de incidência e negociação das comunidades locais.
O projeto é uma articulação interinstitucional que visa mobilizar a sociedade para a maior conferência climática do planeta, que será realizada em Belém (PA), em 2025, e conta com o apoio de diversas empresas e organizações.











