A palmeira de bacaba desempenha um papel notável na cultura, na culinária e na economia local.
Originária do coração pulsante da Floresta Amazônica, a bacaba (Oenocarpus bacaba Mart.) é uma palmeira que é tão marcante quanto a região de onde vem. Encontrada em toda a bacia Amazônica, ela é mais frequentemente vista nos estados do Amazonas e Pará, florescendo nas matas virgens altas de terra firme.
Caracterizada por sua estrutura monocaule e porte alto, a bacaba é uma visão de se admirar. Com um tronco liso, pode atingir alturas impressionantes de até 20 metros e diâmetros de 20 a 25 centímetros.
Os frutos da bacaba, conhecidos como drupas, são subalongados na juventude e se tornam subglobosos à medida que amadurecem. Esses frutos podem chegar a pesar até 3 gramas cada. A reprodução da bacaba é feita através de sementes que, após um período de germinação entre 60 a 120 dias, apresentam um crescimento lento, mas constante.
A bacaba começa a produzir frutos após os seis anos de idade, quando a planta atinge uma altura de 3 a 4 metros. Os cachos de frutos normalmente pesam entre 6 a 8 quilos, embora possam chegar a pesar mais de 20 quilos.
A polpa do fruto é um ingrediente-chave na criação do “vinho de bacaba”, uma iguaria local. As amêndoas e os restos de macerado da polpa também são aproveitados na alimentação de suínos e aves, contribuindo para a economia circular local.
Mas a utilidade da bacaba não para por aí. As folhas da palmeira são usadas pela população do interior como cobertura para suas moradias. Já o tronco serve como esteio, viga e cabo de ferramentas, mais uma vez evidenciando a versatilidade e importância dessa palmeira na vida dos habitantes locais.









