Após o anúncio do aumento da cobrança do ICMS no estado de São Paulo, que agora terá um valor 207% maior, manifestações e passeatas vêm ocorrendo com frequência na capital paulista e no interior do estado. Até o momento, diversos protestos organizados por distribuidoras e revendedoras foram registrados desde janeiro.

Os manifestantes reivindicam o cancelamento do decreto assinado pelo governador João Dória, mostrando descontentamento com o aumento do imposto, e novas manifestações foram marcadas para a próxima terça-feira (23).
Os protestos devem ocorrer em cidades como Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Sorocaba, Bauru, Ribeirão Preto, além das regiões da Grande São Paulo, ABC e Baixada Santista, que se uniram ao Movimento da Capital e sairão de suas cidades locais em direção a um único ponto.
O aumento de 207% no ICMS na compra e venda de carros impacta 1 milhão de pessoas que vivem do setor automotivo em São Paulo, de acordo com o presidente do Sindiauto, Marcelo Cruz. “Toda cadeia automobilística será afetada”, diz.
“Nossa projeção é que um milhão de postos de trabalho serão impactados se nada for feito. Não podemos aceitar um aumento tão abusivo”, declarou o presidente de um dos muitos sindicatos que manifestaram seu descontentamento com o reajuste.

Segundo o Sindiauto, diversos estabelecimentos automotivos, que incluem as concessionárias, poderão ser fechados na terça-feira em apoio à manifestação. Devido ao aumento do ICMS, o setor estima que houve uma queda de 12% na revenda de veículos no Estado e a projeção é de que isso chegue a 30% nos próximos meses, caso o aumento não seja revisto pelo Governo de São Paulo.
A alíquota do ICMS também foi aumentada na taxação de veículos novos: passou de 12% para 13,3% e, posteriormente, para 14,5%.
O Governo de São Paulo justifica o aumento através da necessidade de ajustes nas contas para recuperar as receitas dos cofres públicos, em função da crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
Fonte: icarros