No último sábado (30), o PSDB de Rondônia anunciou o nome de Expedito Junior, que deverá ser sacramentado nas convenções que se aproximam e definirão os candidatos à majoritária (governador). Dentre os integrantes desta aliança, buscam a reeleição os deputados federais Mariana Carvalho (PSDB) e Expedito Neto (PSD). Também participaram da conversa os deputados federais Lindomar Garçon (PRB) e Luiz Cláudio (PR). Esses dois deputados ainda não bateram o martelo, porém devem caminhar junto com o PSDB.
Ivo Cassol é o maior interessado nessa aliança, pois não poderá ser candidato a cargo algum. Suas pretensões nos bastidores é eleger Expedito Junior ao governo e repetir a dobradinha de 2002 que o elegeu governador. O partido de Cassol deverá indicar o cargo de vice-governador na chapa de Expedito Junior e apoiar Marcos Rogério ao Senado.
Tinha alertado há alguns meses que Rogério (DEM) estava flertando uma provável tentantiva de reeleição a deputado federal. Mas, na verdade, sua pretensão é o Senado e não a Câmara, e estava aguardando o momento certo a atitar no alvo correto. Com a turma do PSDB, Marcos Rogério será o único candidato do frentão encabeçado por Expedito Junior.
Diante desse perigo ao grupo PSB-PDT- MDB-PT, há necessidade urgente de se repensar quem será o candidato do atual grupo que comanda a política rondoniense. Não podemos colocar a perder toda uma conquista de oito anos de trabalho feito com afinco composto por esse grupo encabeçado pelo PMDB e tendo como coadjuvantes PDT e PSB. Se nos dividirmos politicamente nessas eleições, estaremos dando munição a um grupo político que comandou Rondônia por longo oito anos (2003-2011) e entregou o estado com problemas na saúde, educação e principalmente infraestrutura. É preciso união em função de combatermos o retorno do tucanato ao poder.

ENTRE A CRUZ E A ESPADA
A prorrogação do inquérito dos portos, caso seja acatada pelo STF, traz uma boa e uma má notícia para Michel Temer. Temer deve escapar de um julgamento político no segundo semestre, mas dificilmente fugirá de um acerto de contas com a Justiça a partir de 1º de janeiro, quando deixa o cargo. O destino de Temer está entre a cruz e a espada.
O QUE HÁ DE PIOR
O deputado e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ) atacou, neste domingo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nas redes sociais afirmando que o tucano negociou com o que “há de pior na política” para conseguir aprovar a emenda constitucional que permitiu a reeleição. Em outra publicação, disse ainda que, para FH, “democracia é quando seus amigos estão se locupletando no poder”.
ACORDO DIFÍCIL
O apoio do PSB à candidatura de Ciro Gomes do PDT está rendendo resistência por parte de Marília Arraes, que se postula pré-candidata do PSB do Pernambuco ao governo. Os pernambucanos ocupam 20 das 136 cadeiras da Executiva Nacional do PSB e a força do atual governador Paulo Câmara foi decisiva na aceitação de Ciro ao apoio do PSB. Para tanto os socialistas querem indicar o cargo de vice-presidente e Ciro sinalizou aceitar para não haver recuo do apoio pré-estabelecido.
PT DE FORA
É certo o apoio do ex-presidente Lula à candidatura de Fernando Haddad à eleição presidencial pelo PT. Com a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes (STF) não aceitar colocar para a segunda turma apreciar o recurso de Lula que pede sua liberdade, o ex-presidente e petistas de plantão querem uma candidatura própria, sem o apoio do PT à candidatura de Ciro Gomes como se esperava.