Se Lula estivesse livre para concorrer à eleição presidencial teríamos um outro quadro. A última pesquisa Ibope mostrou Lula com o dobro do segundo colocado, Jair Bolsonaro. Quais os fatores que levam um preso a ser tão popular?
Michel Temer tornou-se o melhor cabo eleitoral do ex-presidente Lula. As medidas adotadas pelo governo do medebista levaram o país a um caos econômico jamais assistido da República. Temos hoje 17,5% da população sem emprego formal (sem registro em Carteira de Trabalho e desocupados). Esse quantitativo é tão assustador que equivale juntarmos a população de Portugal, Uruguai e Chile juntos.
Lula se tornou o nome mais citado nas Redes Sociais no Brasil. De figura odiada a amada, o ex-presidente consolidou um exército estimado de 30 milhões de apoiadores que necessariamente não são petistas, porém são lulistas. Há lulismo em todos os partidos, pois com Lula não se tornando oficialmente candidato à presidência, há um contingente expressivo que apoiará Bolsonaro. Incrível? Não. Isso tudo são cousas que só acontecem na política.
Se Lula pusesse ser o candidato na configuração política atual, com certeza daria muito trabalho. Uma coisa é certa: Lula se tornou a figura mais amada e odiada da história da República.
Tudo embolado
A turma do Confúcio no MDB continua flertando apoio a Maurão. É certo que no MDB local não está havendo unidade entre os candidatos e cada um está trabalhando por conta própria em busca de votos. Percebe-se que o vice de Maurão está mais preocupado em eleger o candidato ao Senado, Confúcio Moura, a ele mesmo e o titular. Complicada essa estratégia.
Rejeitado
A pesquisa Datafolhadivulgada nesta quarta-feira (22) acendeu um sinal de alerta na campanha de Jair Bolsonaro (PSL)à Presidência da República. Apesar de já ter consolidado 22% dos votos no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa, Bolsonaro enfrenta elevada rejeição – 39% dos eleitores ouvidos na pesquisa dizem que não não votam nele de jeito nenhum.
Herança
Com o crescimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião, o PT inicia a corrida eleitoral tentando descobrir a solução para uma equação que deve se tornar uma verdadeira obsessão dos dirigentes do partido nas próximas semanas: Fernando Haddad, vice na chapa petista e substituto de Lula caso a Justiça Eleitoral barre a sua candidatura, conseguirá herdar votos suficientes do seu padrinho político para chegar ao segundo turno?