Com a divulgação da primeira pesquisa oficial encomendada pela Revista Veja, o ex-presidente Lula aparece na frente de Bolsonaro e o dobro dos outros quatro candidatos juntos (Marina, Ciro, Alckmin e Dias). É certo entre os bastidores do PT que o TSE não reconhecerá o registro da candidatura de Lula em 15 de agosto, alterando assim as peças do jogo eleitoral da largada à corrida presidencial 2018.
Eis a grande dúvida norteadora dos outros candidatos à presidência, inclusive de Jair Bolsonaro: Para onde vão os votos do ex-presidente Lula com a confirmação de sua inegibilidade? Uma incógnita com milhões de palpites por todo o Brasil. Temos um denominador comum; os votos de Lula não são exatamente os votos do PT.
Lula se transformou num líder para milhões de brasileiros e continuará sendo independente de seu destino. É a personificação do Getúlio Vargas no século das Redes Sociais. O eleitorado de Lula jamais irá transferir seu voto ao trio parada dura: Bolsonaro, Alckmin e Álvaro Dias (lotados a partidos que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma). Esse mesmo eleitorado será dissipado entre Ciro Gomes do PDT e Marina Silva da Rede, por terem constituído um vínculo no passado com Lula.
A outra incógnita são os votos do PT que necessariamente não são do ex-presidente Lula e não se sabe certamente seu destino. Muitos que defendem o candidato Jair Bolsonaro um dia votaram no PT. Eis a questão que só será respondida em 07 ou 28 de outubro.

SONHO BOM
O destino da candidatura de Ciro Gomes (PDT) à presidência da República depende da decisão que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) tomará em convenção no próximo domingo. Se o PSB apoiar Ciro, ele continuará sonhando com uma vaga no segundo turno da eleição de outubro. Do contrário, seguirá se arrastando e sob o risco de morrer na praia pela terceira vez.
TENDÊNCIAS
Partindo-se da premissa de que o PT estará no segundo turno, resta a outra vaga. Mais uma vez, Ciro Gomes foi uma boa promessa, mas derrota-se a si próprio pelo destempero e incapacidade de fazer política, de atrair apoios. E Marina Silva tende a, pela terceira vez, inflar no início e murchar no final.
RESPEITO É BOM…
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, indicou novamente que o partido não tem interesse em uma aliança eleitoral com a ex-senadora Marina Silva, pré-candidata à Presidência da República pela Rede. O dirigente afirmou que é preciso respeitar a pretensão de Marina da mesma forma como o PSB pretende apoiar Ciro Gomes do PDT ou ficar pela primeira vez numa eleição presidencial na neutralidade.
VICE ZEN
O PSL de Jair Bolsonaro continua com dificuldades para escolher um vice com popularidade. Os nomes que vão de astronauta à advogada do impeachment de 2016 não se definem nos planos de Bolsonaro. A problemática está justamente em definir um vice que seja uma espécie de monge budista.