Enquanto o quadro eleitoral vai se desenhando nacionalmente, em Rondônia, o debate político e ataques em redes sociais prevalecerão durante os três meses de campanha. Nunca houve tanto descrédito no universo político do eleitorado brasileiro
Número de votos brancos, nulos e abstenções deve aumentar em meio à revelação de esquemas de corrupção, devido à perda de confiança da população nos candidatos.
Nas eleições de 2014, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, 27 milhões de eleitores não compareceram às urnas. Outras 13 milhões de pessoas foram até os locais de votação. Mas, ao se deparar com o equipamento, apertaram o número zero ou a tecla em branco na hora de apontar sua escolha para presidente da República. Somados, brancos, nulos e abstenções atingiram a marca de 40 milhões de votos. Em outubro de 2018, o número pode ser assustador comparado a 2014. O esfriamento do processo eleitoral faltando apenas três semanas para a corrida, revela-nos o preocupante e dramático distanciamento do eleitor.
A pessoa não deixa de votar porque não está interessada em votar: o voto é uma manifestação política, é um ato de motivação que pode modificar inclusive um pleito eleitoral, assim como o debate, que é o que se espera. Tem que preencher um certo vazio, e na forma que o eleitor quer que o candidato seja.
CONSTATAÇÃO
O jornalista Roberto Kuppe em sua coluna diária apontou o crescimento de Acir Gurgacz, que vem liberando as enquetes e pesquisas de intenção ao governo de Rondônia. Acir se fortalece a cada dia que se aproxima do início da corrida eleitoral com a realização das convenções. Com certeza, a população de Rondônia está acreditando no projeto consolidado pelo PDT através do nome do senador Acir, que possui, dentre todos os outros candidatos, a envergadura necessária para assumir o comando político em Rondônia.

BARRIGADA (1)
O jornalista Alan Alex mais uma vez derrapou em suas publicações. Não houve lançamento da candidatura de Daniel Pereira ao governo como foi anunciado no blog político do jornalista. Para uns, foi um exemplo de fake news. Para outros, um exemplo de “barrigada”, que no linguajar jornalístico significa uma notícia errada. Cada um tem sua própria interpretação.
BARRIGADA (2)
Mas, sendo intencional ou fruto de erro, a impressão é que se tentou criar na imprensa e nas Redes Sociais um alarido sobre a candidatura do atual governador. Não colou, pois não aconteceu. Houve apenas, como já dito, a confirmação dos projetos de apoio selados pelo governador Daniel Pereira ao senador Acir Gurgacz, que é o pré-candidato natural ao governo de Rondônia na aliança PSB-PDT.
ESTRATAGEMA
O comando do PT definiu uma estratégia para manter a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evidência até dia 15 de agosto, quando o partido pretende inscrever a candidatura dele à Presidência da República. Lula deve ser declarado inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa, por ter sido condenado por órgão colegiado em segunda instância. A estratégia é manter o caso de Lula em destaque e reforçar sua importância como cabo eleitoral para um segundo nome, o chamado plano B, que deverá ser Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo; ou Jaques Wagner, ex-governador da Bahia.
PRESIDENCIÁVEIS
O Diretório Nacional do PSB se reúne no próximo dia 19 para decidir qual candidato apoiará na disputa presidencial. A decisão tem reflexo direto sobre a eleição de Pernambuco, porque o PT condiciona a retirada da candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes (PT) a um apoio nacional do PSB ao ex-presidente Lula (PT) ou um eventual presidenciável do PT. Embora uma aliança com os petistas seja defendida pelo governador Paulo Câmara (PSB), a maioria dos diretórios do PSB tem preferência pelo nome do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT).