Ardida como Pimenta: O vazio e titubeante voo dos tucanos

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Ardida como Pimenta: O vazio e titubeante voo dos tucanos

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Faltando poucos dias para a corrida eleitoral, o pré-candidato Geraldo Alckimin se vê a cada dia mais abandonado dentro do clã que um dia ditou as regras da política nacional. O PSDB está em colapso nervoso com um pretenso candidato que não consegue êxito sequer em seu colégio eleitoral, que é o maior do Brasil, onde ele próprio governou por longos 14 anos, projetado politicamente por Mário Covas.
Alckimin está provando aquilo que o PSDB sabe melhor fazer: a traição no universo político. Até seu aliado político que foi seu vice-governador, provocado por pressões partidárias, o governador Márcio França (PSB), já admite abertamente dar palanque em São Paulo a adversários.
O desgaste do PSDB é nítido também em vários estados em que partidos estão se afastando ou negando qualquer possibilidade de aliança com o tucanato. O coordenador da campanha de Alckinin, o atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas, declarou à imprensa a dificuldade extrema que seu partido está encontrando para entrar na guerra eleitoral: “Vamos ter de reinventar a campanha no Estado de São Paulo e no Brasil. Acho que o que temos de fazer é agitar o partido, os prefeitos e a militância”.
A situação dos tucanos é tão vexatória que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em declaração ao jornalista Maurício Lima, disse em tom meio debochado e meio maquiavélico: “Nada de Rodrigo Maia, Henrique Meirelles ou Flavio Rocha. Fernando Henrique Cardoso diz que, depois de Geraldo Alckmin, o melhor nome da corrida presidencial é o de Marina Silva”. Até FHC não quer Alckimin e também não quer o atual PSDB.

Baixa transferência
O “homem do chapéu”, codinome de Ivo Cassol, garante nos bastidores que irá transferir votos a qualquer candidato que ele ungir. Não é bem assim. Em 2010 o então governador João Cahulla, que assumiu o governo a fim de Ivo Cassol ser candidato ao Senado com a máquina administrativa do Estado nas mãos, não conseguiu o êxito esperado, mesmo com apoio declarado de Cassol. Isso sem ter sofrido a interferência das Redes Sociais que à época engatinhavam. Nos bastidores de seus amigos próximos, há quem declarou que Cassol atrapalhou a eleição de João Cahulla.

Pesquisa
O Instituto Paraná Pesquisas divulgou ontem pela manhã, pesquisa sobre as preferências do eleitorado de São Paulo no pleito presidencial de outubro; no estado, onde o PT apresenta historicamente grande dificuldade nas eleições, Lula lidera (21%) em empate técnico com Bolsonaro (21,1 %); em seu reduto, Alckmin continua amargando o terceiro lugar, como vem acontecendo em pesquisas de outros institutos: tem 16,4% e na capital paulista o pré-candidato fica em quarto lugar com apenas 8.7%.

Corrida maluca
As vésperas das convenções partidárias, o DEM não sabe se apoiará Geraldo Alckmin (PSDB) ou Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial. Observando números e rejeição, os líderes do DEM preferem muito mais Ciro a Alckimin. A questão norteadora é subir no mesmo palanque Rodrigo Maia e Ciro Gomes. PDT e DEM ao menos politicamente (como ciência) não falam a mesma língua. Como em política de Maquiavel tudo se transforma, vamos aguardar os próximos capítulos.

Deu bolo
Uma reviravolta está prestes a acontecer nas eleições estaduais do Ceará. Isso porque Cid Gomes está a um passo de romper com o atual governador, Camilo Santana (PT), para lançar-se ao governo do estado. Ontem, ele faltou ao um evento que ele próprio convocou no hotel Praia Centro dos prefeitos do Ceará com Santana. Cid preferiu ir numa exposição na cidade do Crato e nada avisou a Camilo. O PT não gostou e deve declarar guerra a turma de Ciro (PDT).