Por: Victoria Ângelo Bacon
Enquanto a corrida eleitoral não se inicia em Rondônia, os planos de governo são desenhados pelas equipes dos partidos que disputarão o cargo máximo do executivo de Rondônia. Muitos são os problemas que atravancam Rondônia, alguns herdados há duas décadas e ainda não resolvidos e outros solucionados, como o caso da transposição, que gerou economia aos cofres do tesouro estadual.
O maior desafio para o próximo gestor-mor, ou seja, o governador eleito, será a geração de emprego e renda. Rondônia foi o ente federativo que perdeu o maior quantitativo de empregos no estudo publicado pelo IBGE/MTE. A questão norteadora é a baixa instalação de investimentos nos últimos dois anos.
Ao novo governador caberá a difícil missão de colocar mais de 50 mil jovens. que estarão aptos a partir de 2019, no mercado de trabalho. E encaminhar outros 150 mil que estão sem trabalho ou na informalidade. A missão árdua é atrair investimentos a um estado distante do eixo sul-sudeste e melhorar urgentemente a qualidade da mão de obra daqueles que estão à mercê do desemprego e da informalidade. Temos ainda um dos piores índices de qualificação técnico profissional do país, aliados a um dos mais baixos índices educacionais. Rondônia precisa crescer, é fato. Ao novo governador, a partir de 1 de janeiro de 2019, será atribuída a missão de mostrar que Rondônia cresce em todos os ângulos e direções.
Risco à vista
Nos bastidores da política rondoniense cogita-se que o deputado estadual Léo Moraes deverá se candidatar a federal aliado ao MDB. Se isso se confirmar, a situação da deputada Marinha Raupp se complica no jogo eleitoral. Devido à alta concorrência com excelentes candidatos à Câmara Federal, a esposa do senador Valdir Raupp terá complicações para fechar a equação da sua possível eleição. É matematicamente certa a vitória de Léo Moraes independente de qualquer aliança que possa fazer. Caso essa aliança se confirme no domingo, Marinha sofrerá consequências políticas sérias.
Com conteúdo
Pela qualidade do debate entre os presidenciáveis na Globo News, que iniciou na segunda-feira, o candidato do PDT, Ciro Gomes é o único até o momento a apresentar explicações técnicas e operacionais dos setores vitais que o país necessita com urgência de melhoria. Ciro não vende ilusões, como fez o candidato Jair Bolsonaro, do PSL, no programa Roda Viva da TV Cultura. Se depender do embate no debate televisivo, o candidato do PDT dará um verdadeiro show no candidato primaz das pesquisas eleitorais.
Cabe recurso
O candidato do PDT ao governo de Rondônia, Acir Gurgacz, continua na disputa. O acórdão publicado no último dia 01, pela 1ª turma do STF, era necessário para a defesa (assessoria jurídica) do senhor Acir poder embargar o resultado do entendimento dos ministros que compõem aquela turma. O senador Acir não era sequer agente público quando ocorreu o oferecimento de denúncia por parte do MPF. Na decisão do relator ao senador, cabem os recursos necessários conforme reza o regimento do STF para poder melhor e eficazmente disputar a eleição para o cargo de governador.
Ascensão
Bolsonaro sobe na pesquisa espontânea, mas rejeição chega ao maior patamar, mostra XP/Ipespe. Segundo o levantamento, Bolsonaro tem entre 19% e 22% das intenções de voto nos cenários estimulados de primeiro turno testados, com vantagem de até 11 pontos percentuais sobre adversários
Números
A pesquisa também mostrou que Geraldo Alckmin (PSDB) manteve seu maior patamar, de 10% em duas das quatro simulações de primeiro turno, alcançado uma semana atrás, quando os partidos do chamado “blocão” (DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade) formalizaram aliança com a candidatura tucana. Excluindo a simulação que considera a candidatura do ex-presidente Lula (tida como improvável), Alckmin ocupa a segunda posição no primeiro turno em todos os demais cenários, tecnicamente empatado com outros candidatos, mas numericamente atrás da ex-senadora Marina Silva (Rede). Assim como na última sondagem, não há mais cenário em que o tucano aparece numericamente atrás de Ciro Gomes (PDT).
