Nunca se deu tanto holofote político ao STF numa eleição. Suas decisões emanadas em 89% de natureza monocrática tornaram a Corte Suprema de Justiça do Brasil o centro das atenções das eleições 2018. Engana-se você, caro eleitor, que o foco seja Haddad-Bolsonaro. Não é. Nos últimos dias, o STF tem se tornando o foco da decisão eleitoral.
Na semana passada, o relator do pedido de HC de Lula no STF, ministro Ricardo Lewandovski tinha solicitado ao presidente da Corte que colocasse em apreciação em caráter de urgência a matéria penal sobre a prisão após a condenação em colegiado (segunda instância). Dias Tófoli, presidente do STF, é quem determina regimentalmente as matérias a serem apreciadas em plenário. Tófoli, discreto, sinalizou que só colocaria a matéria em apreciação para 2019. Nos bastidores da política no STF, há quem diga que Tófoli prefere Haddad presidente e estrategicamente utilizar a imagem de Lula preso, o que fortaleceria ao candidato do PT. Lembremo-nos que Haddad é amigo de longa data de Tófoli, quando ambos atuaram como advogados no diretório nacional do Partido dos Trabalhadores.
O mesmo ministro (Ricardo Levandowski) também é o relator do pedido da defesa do ex-presidente Lula para que o mesmo possa conceder entrevista ao jornal Folha de São Paulo. Na última quinta-feira (27), o ministro Luís Fux no exercício da presidência do STF devido à vacância temporária de Dias Tófoli, que estava interinamente respondendo pelo governo do país, cassou a liminar de Levandovski, que concederia a entrevista de Lula à Folha. Irritado pela ação-reação, Tófoli teria revelado a amigos de gabinete que Fux utilizou de prerrogativa que não é sua, mesmo estando na presidência da Corte interinamente. A irritação teve efeito. Nessa segunda-feira (01), a defesa do ex-presidente Lula – muito bem orientada – peticionou ao STF a concessão de entrevista do ex-presidente Lula à Folha de S.Paulo. O presidente determinou de ofício a redistribuição da matéria ao relator, Lewandosviski, que por sua vez concedeu a medida liminar.
O EFEITO DA DECISÃO DO STF
Lula está com dois santos protetores fortes no STF agindo nos bastidores: Tófoli e Lewandowski – e isso é evidente. Claro que são estratégias importantes para enriquecer a candidatura do petista Haddad. Libertar Lula nesse momento seria um tiro no escuro. O STF se tornou tão frio para com a política nacional que colocou um ex-presidente no centro das atenções do debate da Corte.
VINICÍUS MIGUEL X MAURÃO DE CARVALHO
Após os dois debates da TV com os candidatos ao governo de Rondônia e, em especial o da SIC TV (Record) ficou a dúvida: Por que o candidato apagado Vinícius Miguel bate tanto em Maurão e esqueceu-se de trazer os B.O.s dos outros candidatos? Tem um inclusive réu no STF (AP 562) que acha que já pagou a pena, está tudo bem e poderá dormir tranquilamente. Bem, creio que já combinaram com o candidato playboy Vinícius um “lugarzinho” no próximo governo do outro candidato, caso seja eleito. O playboy usa a mesma tática de Hildon Chaves (PSDB) nas eleições de 2016, atacando o rival potencial. Será que é preciso desenhar para quem o Vinícius Miguel trabalha politicamente?
AINDA SOBRE O DEBATE.
O debate na TV vem mostrando o quanto precisa ser remodelado e recriado essa espécie de lavagem e roupa suja e favorecimento. Um candidato acusa o seu rival, mas esquece-se de olhar o seu passado. Não há propostas. Apenas vendem ilusões a um público sedento de mudanças. Em 2022, nas eleições gerais, com certeza a TV terá sido apagada de vez pelas Redes Sociais. Prefiro as Redes, pois ali nutre-se a realidade nua e crua dos eleitores.