Ardida como Pimenta: Geraldo Alckmim não decola!

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Ardida como Pimenta: Geraldo Alckmim não decola!

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Geraldo Alckmin, o candidato oficial do PSDB à presidência, insiste em “fazer de conta” que o seu partido até ontem não caminhou com Michel Temer na modelação desastrosa das ações políticas e econômicas que não deram certo.
O desastre tucano é tão evidente a começar pela sua vice, Ana Amélia (PP), que antes de se tornar uma alternativa para deter o avanço do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Sul do país, teve em sua curta trajetória política momentos de aproximação com a esquerda, como uma aliança com Manuela D’Ávila (PC do B), provável vice na chapa petista à Presidência.
O tucano tem muitos problemas a enfrentar. Estagnado nas pesquisas de intenção de voto e empatado tecnicamente em rejeição com o ex-presidente Lula, Alckmin tem dificuldades em convencer potenciais aliados de sua viabilidade eleitoral. O levantamento divulgado na última sexta-feira, porém, pode dar força à argumentação do ex-governador no sentido de que a maior parte dos eleitores ainda levará tempo para definir voto e que o atual momento é marcado pelo desinteresse no pleito.
Alckmin governou o estado mais rico do país e deixou a herança do pior salário do magistério e as polícias (militar e civil) com menor remuneração entre todos os estados. Alckmin sofrerá uma derrota semelhante ou pior à eleição de 2006 que configurava o então candidato Lula do PT ainda no auge do populismo e sem a Lava Jato.

 

Encurralados
Em plena campanha, não sei se estamos realmente escolhendo um presidente ou cavando uma crise para que ele se afunde, como afundaram seus antecessores. O Congresso votou uma bomba fiscal e o STF, um aumento que vai repercutir nas contas públicas. No calor da luta política, os candidatos falam em investir. Mas como, se as despesas da máquina do governo vão aumentar?

Decisão da Justiça
O próprio Supremo, ao discutir a questão do aborto, corre o risco de decidir pelo Congresso, algo que não acontece em muitos países em que o Parlamento funciona. O argumento contrário é de que as coisas demoram a acontecer sem uma intervenção da vanguarda. No entanto, escolhas feitas por uma elite acumulam resistências que contribuem para movimentos contrários com resultados imprevisíveis.

Caixa preta
A escolha de Wagner Garcia como vice de Maurão de Carvalho ao governo de Rondônia pelo MDB não foi nada interessante no viés política. Wagner, ex-secretário de Fazenda do governo de Confúcio Moura, apresentou dados econômicos à população que demonstrava uma Rondônia com as contas equilibradas com dinheiro sobrando. Após a entrada de Daniel Pereira (PSB) no comando do governo de Rondônia, a verdade veio à tona e a maquiagem muito bem feita por Wagner colou até ontem. Auditores e técnicos do TCE revelaram que a situação econômica de Rondônia é tão complexa e crítica que só em janeiro de 2019 o novo entronizado poderá ter conhecimento.

Pós-Lava Jato
A legislação eleitoral está confundindo os candidatos e partidos que a partir do dia 16 de agosto, quando for dada a largada a corrida eleitoral, será percebido pelo eleitor que o medo prevalece entre os candidatos. Com a judicialização do processo político-eleitoral e as “n” prisões de empresários pós-Lava Jato ligados a candidatos nas eleições de 2010, 2012 e 2014, colocaram vários obstáculos que tornarão o processo eleitoral 2018 o mais frio de todos os tempos. Sobrarão ataques e faltará ações.