Com a devida aproximação da eleição de 28 de outubro, as alianças em torno dos dois candidatos ao governo de Rondônia, Expedito Júnior (PSDB) e Marcos Rocha (PSL) começaram a ganhar corpo na segunda-feira pós eleição do primeiro turno. O fator surpresa Marcos Rocha causado por três aspectos norteadores que aqui os cito: A fragilidade da candidatura de Acir Gurgaz (PDT), os ataques do candidato Vinícius Miguel (REDE) ao candidato Maurão (MDB) e a elevadíssima aceitação de Bolsonaro em Rondônia, que obteve 62% dos votos, fizeram essa novidade acontecer pela primeira vez na história eleitoral rondoniense.
A aproximação de assessores de Raupp e Confúcio na campanha de Marcos Rocha no segundo turno causaram um mal-estar sem precedentes para o PSL rondoniense. O candidato do PSL e seu grupo de coordenação precisaram realizar duas coletivas à imprensa (Porto Velho e Vilhena) para espantar o estigma negativo do MDB em uma possível aliança a partir de 01 de janeiro de 2019 com Marcos Rocha.
A problemática está na relação que essas pessoas têm ou tiveram com os caciques do MDB rondoniense. O discurso do coronel Rocha e de seus apoiadores durante todo o primeiro turno foi o da independência na transição de uma possível eleição vitoriosa para Marcos Rocha. Até eles não acreditavam em tese que poderiam chegar ao segundo turno e aconteceu a surpresa. A população não perdoaria nas urnas um possível governo comandado por pessoas ligadas ao MDB. Há quem deseja fazer aliança e oferecer bons nomes para continuar a governabilidade e há aqueles interessados em conchavos para permanecerem em cargos e se agarrarem ao poder. Nada mais!
Maurão de Carvalho (MDB)
Maurão (MDB), que quase conseguiu chegar ao segundo turno, continua sendo uma liderança expressiva com 173.690 votos. Nenhum dos candidatos se eleito for poderá ter um governo sólido e pacificado se não tiver a seu lado lideranças expressivas nas urnas. Maurão, mesmo atingido pela onda anti-MDB, tem a articulação política necessária para que melhor e eficazmente o próximo governador possa “arrumar” a casa Rondônia que terá muitos reparos. Uma coisa é certa: Há bons nomes em todos os partidos para se aliar, como há péssimos nomes apoiando tanto o candidato Marcos Rocha quanto o candidato Expedito Júnior, apenas por conchavo de cargos. É isso que assustou os eleitores de Rondônia, esses personagens que não querem deixar o poder e contaminam qualquer liderança.
Jaime Bagattolli (PSDB x PSL)
O candidato ao senado Jaime Bgattolli que no último domingo convocou a imprensa para anunciar sua saída do PSL lamentou que os assessores de Expedito Junior vem fazendo na campanha do PSL de Rondônia. As pazes foram seladas e a estratégia era disseminar o rompimento de Bagattolli com Rocha para fortalecer as pretensões de Expedito através de ataques de Fake News nas Redes Sociais. Por enquanto gol para Rocha e Bagattolli.
Redes Sociais no segundo turno
A tendência dos próximos 13 dias que antecedem a eleição é a forte influência das Redes Sociais no embate político rondoniense. A TV e o debate serão extremamente importantes na decisão do eleitor, porém as Redes Sociais é quem migrará o eleitor do MDB a um dos candidatos. O eleitor de Vinícius Miguel e Pimenta de Rondônia (Rede e PT) tendem a decidir na véspera. Muitos petistas já declararam voto nulo por não se enquadrarem a nenhum dos dois candidatos e suas propostas.
