Dia 20 de julho oficialmente marca o calendário eleitoral 2018 com o início das convenções partidárias. Já que os tempos de inflação baixa e atividade em recuperação ficaram para trás, a bola da vez no Brasil é olhar para o futuro e tentar adivinhar quem será o próximo presidente do país. Com o fim da Copa do Mundo, após a saída precoce da seleção canarinho, as eleições presidenciais de outubro vêm aí e entram de vez no radar do mercado financeiro doméstico.
A ausência do dinheiro do setor privado nas eleições faz com que os candidatos à Presidência da República precisem se preocupar com as finanças de suas campanhas. De olho no dinheiro dos outros partidos, os presidenciáveis querem acumular cifras e tempo de tevê para tentar vencer os obstáculos de uma eleição curta, polarizada e com pouca verba. Especialistas, entretanto, garantem que notoriedade e carteira cheia não são sinônimos de vitória.
Os investidores também estão atentos às convenções partidárias, que começaram nesta sexta-feira e podem tornar o cenário político mais claro. O prazo para que os partidos anunciem seus candidatos vai até 5 de agosto, sendo que um dos primeiros nomes para a corrida eleitoral foi anunciado nessa sexta-feira, pelo PDT, de Ciro Gomes – que vinha apavorando o mercado.
Independentemente do candidato que ganhar a eleição, será necessário manter o mínimo de diálogo com os parlamentares da Casa. Essas legendas precisam sobreviver à movimentação ou serão esquecidos.
Acordo
Na contramão da decisão fechada pelo Centrão de fechar apoio a Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), queriam chancelar um acordo em torno do pré-candidato do PDT, Ciro Gomes.

Missão impossível
Cientes de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – preso há três meses – tem pouquíssimas chances de se viabilizar judicialmente como candidato à Presidência, o PT se prepara para um desafio inédito. A tarefa da sigla até meados de setembro será amealhar cada vez mais votos para Lula para tentar transferi-los em bloco ao substituto do petista, a apenas três semanas da eleição, e levá-lo ao segundo turno.
Última hora
Diante do impasse em torno da posição do PSB nas eleições presidenciais, o governador de São Paulo, Márcio França, admitiu na quinta-feira (19) a alternativa de lançar de última hora uma candidatura própria ao Palácio do Planalto caso a sigla não se decida pelo apoio a um nome. Então, a coligação com PDT de Ciro estaria sendo afundada.
Nos bastidores
Deu muito falatório nos grupos de Whatsapp a possível união de Cassol com Acir rumo às eleições. Não é bem assim. Existe um interesse partidário comum entre PP e PDT. Costuras são feitas, pois em política não há romantismo. Claro e certo que Cassol sempre será oposição a Acir. Os interesses são por uma causa maior costurada nos bastidores.