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15 de março de 2025

Ardida como Pimenta: A importância do vice na presidência

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Por: Victoria Ângelo Bacon

Nos anos 80, o humorista Jô Soares ajudou a popularizar a figura do vice-presidente, com o bordão:“Tirante o Aureliano, que fala, vice não fala”. E, embora alguns, imaginem que o vice-presidente (e nos momentos atuais, o vice-candidato) não tenha qualquer importância, a verdade é que os “vices” sempre foram mais importantes do que muitos imaginam.
José de Alencar, escolhido por Lula para ser vice-presidente na sua chapa, era, para o empresariado brasileiro, a “carta aos brasileiros” traduzida em pessoa. Através dele, os donos do PIB nacional chegaram ao governo aliados com o PT e, de certa forma, sua presença traduzia uma aliança entre Capital e Trabalho.
Pode-se até comparar essa aliança com a Chapa Tancredo Neves e José Sarney – que representava a transição e a composição entre dois grupos políticos, de situação e oposição. Sarney, saído da Arena, acabou ficando responsável por conduzir o país à redemocratização, depois de 20 anos de eleições indiretas.
Collor e Dilma foram substituídos por nomes que poucos conheciam. Itamar Franco e Michel Temer assumiram o país depois dos pedidos de impeachment dos presidentes. Por isso, dessa vez, os candidatos estão tendo um cuidado redobrado para escolher lançar e divulgar seus vices-candidatos.
Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos), Levy Fidelix (PRTB), Paulo Rabello de Castro (PSC) e José Maria Eymael (PSDC). Todos esses candidatos, estão sem vice. O tempo de propaganda, as composições de governo e, especialmente, os recursos para a campanha são os principais pontos dessa escolha. No PT, a escolha do vice definirá o destino de Lula. E finalizará o movimento de judicialização da política, pois o impedimento do candidato canalizará para o vice o eleitorado do PT.

 

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Intervenções
As declarações da ministra Carmen Lúcia sobre o respeito ao Judiciário se dão na sequência de declarações e ações de políticos marcadas por críticas a decisões do Judiciário e até ameaças de interferências na Justiça. Em entrevista ao programa Resenha, da TV Difusora, no Maranhão, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) prometeu colocar juízes e procuradores “na caixinha” e sinalizou, caso vença as eleições, com a possibilidade de libertar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Acertos
O PSB deverá fechar com o PDT se Luciano Ducci aceitar ser o vice de Ciro e se for o nome que o PSB quiser, “é um ótimo nome”, disse Lupi. O nome que vinha sendo cogitado até então era o do ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). Nesta terça-feira, ele reafirmou que será candidato ao governo de Minas Gerais e que não considera mais a hipótese de ser candidato a vice-presidente. Pelo Twitter, o mineiro afirmou que essa é sua “decisão final”.

Rejeição
É o décimo nome que rejeita o convite de Geraldo Alckmin do PSDB para ser seu vice. Os tucanos tentaram todos os nomes possíveis, porém os partidos do Centrão que dizem “apoiar” a candidatura de Alckimin, não querem se “queimarem” ao lado do tucano e a própria executiva decidiu fazer uma chapa puro-sangue, ou seja, uma chapa para se enforcar Literalmente. O PSDB com vários partidos agregados não conseguiu um vice? Estranho não?

Aventurar? Não!
Marcos Rogério não irá se aventurar em uma candidatura ao Senado. O deputado sabe que se entrar na disputa mesmo sendo considerado politicamente forte tem dois outros candidatos tão ou mais fortes que ele e com anos de estrada na política: Jesualdo e Carlos Magno. As pretensões de Rogério ficarão para 2022. É uma questão lógica e matemática. Se ele teimar na aventura ao Senado, cairá no esquecimento político pelos próximos quatro anos como ocorreu com vários outros.

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