Um grupo de aprovados no concurso da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO), realizado em 26 de agosto do ano passado, protestou na terça-feira, durante a solenidade de inauguração da nova sede do Legislativo e, também, durante a primeira sessão da casa, no novo prédio, pedindo a homologação do concurso, que preencherá 110 vagas.
Maicon de Souza Silva, coordenador da manifestação, disse que “a homologação do concurso já deveria ter acontecido, de acordo com o prazo estabelecido pelo regimento”.
Fernanda Barros, outra aprovada no concurso, disse que nesse início de legislatura é “preciso nomear os aprovados, prioritariamente, considerando a desproporcionalidade em comparação com os comissionados”.
Equilíbrio
Hoje o número de cargos comissionados na ALE-RO é dez vezes maior que o de efetivos. “Nós queremos o equilíbrio de comissionados com efetivos”, conclui Fernanda.
Ao que tudo indica, a convocação dos aprovados em concurso ficará sob a responsabilidade do novo presidente da Assembleia, que ainda não foi eleito.
Sufocado
Os deputados pareciam indiferentes ao movimento dos concursados, que só foi mencionado, discretamente, pelo deputado Jesuíno Boabaid, no plenário, mas ficou sufocado por outras manifestações na casa, como a dos agentes penitenciários.
“Nós acreditamos que eles (os deputados), querem primeiro contratar seus portariados, em suas bases eleitorais e, só então, fazer o chamamento dos aprovados no concurso, e o Legislativo poderá ficar sem orçamento pra isso”, disseram, preocupados, os coordenadores da manifestação.
Eles já ultrapassaram uma grande barreira, quando mais de 36 mil pessoas disputaram, as 110 vagas do concurso da ALE-RO. A concorrência por vaga foi de 887 candidatos. Mas ainda falta vencer essa etapa.