Descubra os segredos da gengibirra, símbolo cultural do Amapá, agora reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial.
A gengibirra, símbolo marcante da cultura amapaense, conquista paladares com sua receita única, combinando gengibre, açúcar e aguardente. Tamanha é sua relevância que em 2019 foi consagrada como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Explorando a Tradição:
Ao longo dos anos, a preparação da gengibirra evoluiu, passando de uma fermentação demorada do gengibre para um processo mais eficiente com gengibre triturado, coado e adoçado. Contudo, manteve sua essência, desempenhando um papel vital nas celebrações do marabaixo.
A tradição atribui à gengibirra o poder de fortalecer a voz dos cantadores no marabaixo e energizar dançadeiras e dançadores, tornando-se uma bebida ritual.
Caindo no Gosto Popular:
Originalmente servida gratuitamente nas festas de marabaixo, a gengibirra transcendeu seu papel cultural e conquistou o público, sendo comercializada dentro e fora do Amapá. Sua importância vai além das festividades, transformando-se em um tesouro apreciado por muitos.
A Arte de Preparar:
Se ficou curioso para experimentar, confira a receita tradicional:
Ingredientes:
- 2 kg de gengibre
- 2 kg de açúcar
- 2 garrafas (600 ml) de cachaça
- 7 litros de água
Modo de Preparo:
- Corte o gengibre em pequenos pedaços e misture com água no liquidificador.
- Coe a mistura em uma peneira com um pano limpo.
- Adicione açúcar e aguardente.
Sobre o armazenamento, a marabaixeira Solange Costa destaca que a gengibirra, quando guardada na geladeira, pode durar meses, não possuindo prazo de validade. Uma verdadeira iguaria pronta para ser apreciada a qualquer momento.












