Informação é com a gente!

23 de outubro de 2025

Informação é com a gente!

23 de outubro de 2025

Apple condenada no Reino Unido por cobranças abusivas

peixe-post-madeirao
peixe-post-madeirao
Jornal Madeirão - 12 anos de notícias

Últimas notícias

08/10/2025
Aviso de licitação: Pregão eletrônico – licitação n. 90011/2025 – menor preço global
02/10/2025
Publicação legal: Termo de Homologação – Pregào 9009/2025
01/10/2025
Termo de Anulação – Processo Administrativo nº: 72868/2024
01/10/2025
Aviso de dispensa de licitação – PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 79818/2025
09/09/2025
Publicação legal: Aviso de reagendamento de licitação – 90010/2025
08/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação – processo 72868/2024
01/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação: processo administrativo 77824/2025
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Licitação – Processo Administrativo Nº 72868/2024
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Reagendamento de Licitação – Processo Administrativo Nº 77824/2025
25/08/2025
Publicação legal: Aviso de Reagendamento de Licitação Ampla Participação

Um tribunal de Londres decidiu nesta quinta-feira (23) que a Apple abusou de sua posição dominante no mercado ao cobrar comissões consideradas injustas de desenvolvedores de aplicativos. A decisão é resultado de uma ação movida por milhões de usuários de iPhone e iPad no Reino Unido.

O que decidiu o tribunal

O Tribunal de Apelações de Competição (CAT) determinou que a Apple agiu de forma abusiva entre outubro de 2015 e o final de 2020 ao impedir a concorrência na distribuição de aplicativos e ao impor “preços excessivos e injustos” nas comissões cobradas dos desenvolvedores. A empresa anunciou que recorrerá da decisão, alegando que ela se baseia em uma “visão equivocada sobre a próspera e competitiva economia de aplicativos”.

O valor total da ação é estimado em cerca de 1,5 bilhão de libras (aproximadamente US$ 2 bilhões). Uma audiência está agendada para o próximo mês para definir como as indenizações serão calculadas e para analisar o pedido de recurso da Apple.

Contexto da decisão

A decisão ocorre em um momento de crescente pressão regulatória sobre a Apple nos Estados Unidos e na Europa, devido às taxas cobradas dos desenvolvedores. Recentemente, a empresa também foi denunciada a reguladores antitruste da União Europeia por regras consideradas restritivas na App Store.

A ação coletiva foi liderada por Rachael Kent, uma acadêmica britânica que argumentou que a Apple obteve “lucros exorbitantes” ao impedir a concorrência na distribuição de aplicativos e nas compras dentro deles. Os advogados de Kent alegaram que o “monopólio de 100%” da Apple permitiu a imposição de condições restritivas e comissões excessivas, o que a empresa negou.

O CAT constatou que os desenvolvedores foram cobrados a mais pela diferença entre uma comissão de 17,5% sobre as compras de aplicativos e a taxa cobrada pela Apple, que, segundo os advogados de Kent, costumava ser de 30%. O tribunal também concluiu que os desenvolvedores repassaram cerca de 50% dessa cobrança adicional aos consumidores.

A Apple, em resposta, afirmou que a decisão “ignora como a App Store ajuda os desenvolvedores a prosperar e oferece aos consumidores um local seguro e confiável para descobrir aplicativos e realizar pagamentos com segurança”.

Precedente no Reino Unido

Este caso é o primeiro processo coletivo contra uma gigante da tecnologia a ir a julgamento sob o regime britânico de ações coletivas, que completou 10 anos em 2024. Embora o sistema já tenha certificado diversos casos bilionários para julgamento, até o momento o sucesso para os consumidores tem sido limitado.

Outros processos coletivos estão aguardando julgamento, incluindo um contra o Google sobre as comissões cobradas de desenvolvedores para acesso à Play Store, previsto para começar em outubro de 2026, e uma ação semelhante movida pela Epic Games, que também tem litígios paralelos com a Apple nos Estados Unidos. Amazon e Microsoft também enfrentam ações de grande valor no CAT.

Rachael Kent declarou que a decisão demonstra que o regime de ações coletivas do Reino Unido está funcionando e “envia uma mensagem clara: nenhuma empresa, por mais rica ou poderosa que seja, está acima da lei”.