Um apagão atingiu os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal na madrugada desta terça-feira (14). A interrupção no fornecimento de energia foi causada por um incêndio em uma subestação de transmissão localizada em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, Paraná, conforme informado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Causas do apagão
O incêndio na subestação de Bateias, que opera com uma tensão de 500 kV (quilovolts), interrompeu o fluxo de energia entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste. A subestação é crucial para a transmissão de grandes volumes de energia por longas distâncias com perdas mínimas.
De acordo com o ministro Alexandre Silveira, a falha foi um “problema elétrico” pontual, e não uma falta de energia. O sistema elétrico nacional é projetado para manter o equilíbrio entre a geração e a demanda de energia. Quando ocorre uma interrupção significativa, como a causada pelo incêndio, é acionado o Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC), que corta automaticamente parte da carga para evitar uma interrupção ainda maior.
Funcionamento do sistema automático
O ERAC identifica o desequilíbrio entre a geração e a demanda e age cortando a carga de forma automatizada. As concessionárias de distribuição implementam esses cortes programados para restabelecer o equilíbrio e evitar um colapso generalizado do sistema.
Tempo de duração do apagão
O MME informou que a recomposição do fornecimento de energia começou logo após o incidente. As regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste tiveram o fornecimento restabelecido em até 1h30 da manhã. A região Sul foi a última a ter a energia normalizada, às 2h30 da manhã. O tempo total de recomposição foi considerado inferior a ocorrências similares registradas no passado.
O sistema interligado nacional (SIN) é responsável pela transmissão de energia entre as regiões do país, abrangendo cerca de 180 mil quilômetros de linhas de transmissão. Ele permite que a energia gerada em uma região seja transferida para outra, como no caso de usinas hidrelétricas que enviam energia para estados com baixa disponibilidade de recursos hídricos.
