Remédio Mounjaro promete melhorar o controle glicêmico.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou hoje a aprovação de um novo medicamento para o tratamento do diabetes tipo 2. O Mounjaro, desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, contém o princípio ativo tirzepatida, que auxilia no controle dos níveis de açúcar no sangue em adultos com essa condição quando utilizado em conjunto com dieta e exercícios físicos. O remédio está disponível em formato de caneta injetável.
De acordo com a Anvisa, estudos demonstraram que a tirzepatida reduz de forma significativa os níveis de hemoglobina glicada no sangue, indicando um melhor controle glicêmico. Essa redução pode contribuir para a diminuição do risco de complicações microvasculares, como doenças renais, cegueira, e amputação de membros.
“Outro benefício deste medicamento é a sua influência positiva na perda de peso corporal, o que é especialmente relevante, considerando a relação entre sobrepeso, obesidade e o diabetes tipo 2”, afirmou a Anvisa em comunicado.
A tirzepatida age como um agonista de dois hormônios produzidos no intestino: o polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) e o peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1). Isso resulta no aumento da produção de insulina pelo pâncreas, contribuindo para um melhor controle glicêmico.
Diabetes Tipo 2
Atualmente, quase 463 milhões de pessoas em todo o mundo, com idades entre 20 e 79 anos, sofrem de diabetes, sendo o diabetes tipo 2 responsável por quase 90% desses casos. No Brasil, há quase 17 milhões de adultos diagnosticados com essa doença.
O diabetes tipo 2 é caracterizado pela produção inadequada de insulina, um hormônio que regula o metabolismo da glicose. Essa condição é uma das principais causas de problemas como insuficiência renal, cegueira, amputação e doenças cardiovasculares, que podem levar à morte.
As projeções indicam que, até 2030, cerca de 578,4 milhões de pessoas em todo o mundo estarão vivendo com diabetes, e esse número aumentará para mais de 700 milhões até 2045. Esse aumento está relacionado à crescente prevalência da obesidade, dietas não saudáveis e falta de atividade física na população.