Informação é com a gente!

19 de novembro de 2025

Informação é com a gente!

19 de novembro de 2025

Aninga: planta amazônica pode ser solução contra mosquitos

peixe-post-madeirao
peixe-post-madeirao
Jornal Madeirão - 12 anos de notícias

Últimas notícias

08/10/2025
Aviso de licitação: Pregão eletrônico – licitação n. 90011/2025 – menor preço global
02/10/2025
Publicação legal: Termo de Homologação – Pregào 9009/2025
01/10/2025
Termo de Anulação – Processo Administrativo nº: 72868/2024
01/10/2025
Aviso de dispensa de licitação – PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 79818/2025
09/09/2025
Publicação legal: Aviso de reagendamento de licitação – 90010/2025
08/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação – processo 72868/2024
01/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação: processo administrativo 77824/2025
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Licitação – Processo Administrativo Nº 72868/2024
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Reagendamento de Licitação – Processo Administrativo Nº 77824/2025
25/08/2025
Publicação legal: Aviso de Reagendamento de Licitação Ampla Participação

Uma parceria entre ciência e conhecimento tradicional está abrindo caminho para novas soluções de saúde pública na Amazônia. Uma pesquisa do Museu Goeldi aponta para o uso da Montrichardia linifera, popularmente conhecida como ‘aninga’, na produção de velas repelentes e xampus inseticidas.

O estudo, que ganhou destaque no painel “Bioeconomia amazônica potencializada pela ciência” da Rede Bioamazônia, demonstra que o princípio ativo da planta tem propriedades repelentes de mosquitos. A descoberta surgiu da observação de ribeirinhos, que notaram a menor concentração de mosquitos em áreas onde a aninga crescia.

“O ponto de partida foi o conhecimento tradicional dos ribeirinhos sobre o poder da planta. Eles já sabiam que onde a aninga existia, não havia tantos mosquitos. Nossa pesquisadora, Cristine Bastos do Amarante, investigou a fundo essa propriedade e estamos agora buscando a patente da substância”, explica Amílcar Mendes, coordenador do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NIT/MPEG).

A aninga é uma planta aquática nativa da Amazônia, de fácil acesso e cujo manejo não representa grandes impactos ambientais. Além disso, a produção de repelentes e inseticidas à base da planta pode gerar renda para as comunidades tradicionais que detêm o conhecimento sobre seu uso.

“Estamos falando de um produto com o prestígio da Amazônia, livre de componentes químicos sintéticos, o que é um diferencial importante em relação aos repelentes tradicionais”, ressalta Amílcar.

Empresas já demonstraram interesse na tecnologia do xampu inseticida, buscando a segurança jurídica da patente. Para a vela repelente, a perspectiva é de estabelecer cadeias produtivas nas comunidades locais, garantindo o acesso fácil à matéria-prima, a rastreabilidade dos produtos e o pagamento justo aos ribeirinhos.

Luz Marina Mantilla Cárdenas, diretora do Instituto Sinchi (Colômbia) e presidenta da Rede Bioamazônia, destaca a importância da união entre saberes tradicionais e avanços científicos para o desenvolvimento de soluções inovadoras para a região.

A malária é um dos principais problemas de saúde pública na Amazônia, o que torna a descoberta de um bioativo com potencial inseticida ainda mais relevante para a população local.