O controle biológico por meio de animais é uma alternativa cada vez mais importante para reduzir o uso de agrotóxicos e proteger o meio ambiente. A estratégia, que utiliza predadores naturais para controlar pragas na agricultura e na saúde pública, tem ganhado destaque na Amazônia.
De acordo com o pesquisador Deivison Molinari, o processo envolve identificar a praga, delimitar a área e inserir os inimigos naturais, equilibrando o ecossistema sem eliminar espécies.
Sapos, rãs e pererecas
Os anfíbios são grandes aliados no controle de mosquitos transmissores de doenças como dengue, chikungunya e malária. Eles consomem milhares de insetos ao longo da vida, e a diminuição de suas populações, causada pela poluição e destruição do habitat, prejudica diretamente a saúde da população.
Andorinhas e outras aves insetívoras
As aves que se alimentam de insetos desempenham um papel crucial no controle aéreo de pragas. A andorinha, por exemplo, acompanha os ciclos reprodutivos de insetos em todo o continente, ajudando a controlar suas populações. Andorinhas, andorinhões e tesourinhas combatem mosquitos, moscas e mariposas, tanto em áreas rurais quanto urbanas.
Corujas, águias, gaviões e falcões
As corujas são predadoras noturnas de roedores, como ratos e camundongos. Elas controlam a população desses animais que podem transmitir doenças, como a leptospirose, e causar prejuízos na agricultura. A instalação de caixas-ninho pode atrair corujas e diminuir o uso de venenos.
Aves de rapina como o gavião-carijó, o falcão-de-coleira, o urubu-rei e a águia-chilena também caçam roedores e animais que podem prejudicar a economia e a saúde.
Onças, jaguatiricas e outros felinos silvestres
Animais carnívoros como a onça-pintada, a onça-parda, a jaguatirica e o gato-maracajá controlam a população de capivaras, tatus e outros roedores de grande porte. A caça ilegal desses animais compromete o equilíbrio natural, levando ao crescimento descontrolado de suas presas.
Cobras (sucuris e jiboias)
As cobras, como jiboias, sucuris e caninanas, são predadoras naturais de roedores e pequenos mamíferos, ajudando a reduzir a população desses animais em áreas urbanas e rurais. A presença de cobras em quintais pode indicar um excesso de roedores.
Jacarés
Nas áreas de várzea e igarapés da Amazônia, os jacarés se alimentam de roedores, peixes contaminados e outros animais que podem se proliferar de forma excessiva. Eles também ajudam a manter o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.
Morcegos insetívoros
Os morcegos que se alimentam de insetos consomem grandes quantidades de mosquitos e mariposas que causam danos à agricultura e à saúde. Um único morcego pode consumir mais de mil insetos por noite.
A preservação dos habitats naturais é fundamental para garantir que esses animais continuem desempenhando seu papel ecológico.
Com informações do Portal Amazônia
Conteúdo original por Rebeca Almeida, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar











