A importância dos anfíbios para a Amazônia será o foco de um evento científico que acontece em Tefé (AM), no dia 29 de novembro. A iniciativa busca informar e conscientizar a população sobre o papel fundamental de sapos, rãs e pererecas no ecossistema local.
O evento, chamado “Save the Frogs” (salve os sapos), faz parte de um projeto maior de pesquisa e divulgação sobre a fauna amazônica. Durante o encontro, será lançado oficialmente um guia ilustrado com informações detalhadas sobre os anuros do Médio Solimões.
A programação inclui atividades interativas e expositivas, voltadas para a popularização da ciência e a valorização da biodiversidade da região. O objetivo é mostrar para moradores, estudantes e turistas a riqueza e a fragilidade desses animais.
A iniciativa conta com apoio financeiro do Governo do Amazonas, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Segundo a coordenadora do projeto, Kelly Torralvo, a falta de informação e os preconceitos populares são grandes desafios para a conservação dos anfíbios.
“Muitas pessoas não conhecem a importância desses animais para o equilíbrio da natureza. Eles são sensíveis à poluição e ao desmatamento, e precisam da nossa proteção”, explica Kelly, doutora em Ecologia e pesquisadora do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM).
Guia Ilustrado: Um Guia Completo
O guia ilustrado apresenta informações sobre mais de 80 espécies de anfíbios encontradas em três diferentes tipos de ambiente amazônico: terra firme, várzea e paleo-várzea. O material foi produzido em português e inglês, com fotos e descrições detalhadas, tornando-o acessível tanto para cientistas quanto para o público em geral.
O guia será distribuído em workshops comunitários nas unidades de conservação da região, com o objetivo de envolver moradores locais, agentes de gestão ambiental e interessados em ecoturismo.
“Acreditamos que o guia pode ser uma ferramenta muito útil para o ecoturismo, mostrando a beleza e a diversidade dos anfíbios amazônicos”, afirma Kelly Torralvo.
Para a pesquisadora, o apoio da Fapeam é essencial para levar a ciência para o interior do estado. “A popularização da ciência é um trabalho que exige muitos recursos e parcerias. Com o apoio da Fapeam, conseguimos produzir materiais de qualidade e alcançar comunidades distantes”, conclui.











