O desaparecimento de anfíbios na Amazônia está atingindo níveis alarmantes, com muitas espécies ameaçadas de extinção. O aumento das temperaturas, a baixa umidade e as secas causadas pelas mudanças climáticas estão exercendo uma pressão adicional sobre esses animais.
Um estudo global realizado pela União Internacional para a Conservação das Espécies da Natureza (IUCN) revelou que 40% das espécies de anfíbios enfrentam risco de extinção. O Brasil, com sua rica diversidade de anfíbios, está particularmente em perigo, pois muitas dessas espécies são endêmicas, ou seja, encontradas apenas em determinadas regiões.
As alterações climáticas afetam profundamente a sobrevivência dos anfíbios, que dependem de água para se reproduzir. Além disso, as mudanças na temperatura e na umidade afetam sua saúde e capacidade de respirar, já que muitos deles respiram através da pele.

No Brasil, o desmatamento e a expansão agropecuária continuam sendo fatores significativos na extinção de anfíbios, mas as mudanças climáticas estão se tornando cada vez mais relevantes. A Amazônia, por exemplo, está experimentando um aumento nas temperaturas e uma redução nas chuvas, o que afeta negativamente a água disponível para esses animais.

As espécies de anfíbios que habitam regiões de maior altitude são as mais afetadas, uma vez que as mudanças climáticas reduzem a umidade disponível no topo das montanhas. Como resultado, esses anfíbios não têm para onde fugir e sofrem mais com as condições climáticas adversas.
O desaparecimento rápido de tantas espécies de anfíbios é um alerta urgente sobre a necessidade de combater as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade. Esses animais desempenham um papel crucial como bioindicadores da saúde dos ecossistemas e do planeta.