Em 1997, o filme ‘Anaconda’ conquistou o público com a história de um grupo de documentaristas em busca de uma tribo indígena isolada na floresta amazônica, que acabam confrontando uma anaconda gigante. Agora, mais de 20 anos depois, a franquia ganha um novo filme, com estreia prevista para dezembro de 2025, prometendo uma abordagem cômica com Jack Black no elenco.
Apesar de ter se tornado um clássico, o longa original é repleto de equívocos que contribuíram para a criação de um imaginário popular distorcido sobre a Amazônia, apresentando-a como um lugar misterioso, letal e habitado por serpentes gigantescas. O Portal Amazônia revisitou o filme e listou 12 “mentiras” sobre a região. Confira:
Anacondas não existem na região amazônica. O nome ‘anaconda’ deriva do Sri Lanka e foi erroneamente associado às grandes serpentes da América do Sul, que na verdade são sucuris. As sucuris-verdes (Eunectes murinus) são animais de movimentos lentos, que caçam por emboscada e evitam o contato com humanos – bem diferente da imagem de predadoras velozes e vingativas apresentada no filme.

Outras imprecisões incluem a ideia de que sucuris engolem, regurgitam e engolem novamente suas presas, a existência de sucuris de 10, 12 ou 15 metros (exemplares comprovados raramente ultrapassam 5 metros), a crença de que a sucuri quebra todos os ossos da vítima e a representação de javalis na Amazônia na década de 90 (espécie invasora que chegou mais tarde). O filme também reduz a sucuri a um “monstro”, ignorando sua importância cultural para povos indígenas, e retrata uma Amazônia quase inabitada, com erros biológicos nas características da cobra, como pupilas oblíquas e postura ovípara.
O filme também apresenta macacos mortos sendo usados como isca (sucuris não caçam presas mortas) e sucuris caçando de dia e se movendo com agilidade em terra firme (são noturnas e preferem a água).
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A nova produção promete atualizar a história para uma nova geração, mas é importante lembrar que a Amazônia real é muito mais complexa e fascinante do que a retratada no cinema.

Com informações do Portal Amazônia.











