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23 de dezembro de 2025

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Amazônia e indústria farmacêutica: pesquisa em busca de saúde

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A indústria farmacêutica brasileira investe cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento (P&D), e a tendência é de crescimento. Projeções do Ministério da Saúde indicam que mais de 80% das empresas do setor planejam ampliar seus investimentos em P&D até 2025, um número significativamente maior que a média da indústria geral.

Para Iran Gonçalves Júnior, diretor médico da EMS, do Grupo NC Farma, a indústria nacional tem um papel fundamental em garantir o acesso à saúde: “O Brasil tem demonstrado capacidade de inovar e investir em pesquisa clínica, mas precisamos avançar para transformar a ciência em soluções acessíveis para a população. A colaboração entre universidades, empresas e governo é essencial para oferecer terapias modernas e de qualidade.”

Gonçalves Júnior também destaca a importância da grande planta industrial de medicamentos localizada na Zona Franca de Manaus, considerada a quarta maior do mundo. A região se consolida como um polo estratégico para a produção farmacêutica no país.

Fernanda de Negri, do Ministério da Saúde, ressalta a necessidade de alinhar a inovação com as políticas públicas de saúde: “O Complexo Econômico-Industrial da Saúde é estratégico para o país, pois combina inovação científica, desenvolvimento produtivo e acesso universal. A biodiversidade da Amazônia amplia nossas oportunidades, mas é crucial que saibamos transformar esse potencial em benefícios reais para o SUS e para os brasileiros.”

Adriano D. Andricopulo, presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, afirma que o Brasil possui um “imenso potencial” para o desenvolvimento de novas moléculas e medicamentos a partir de pesquisas realizadas nos principais centros científicos do país, com destaque para as oportunidades oferecidas pela biodiversidade amazônica. Ele enfatiza a importância de identificar moléculas bioativas com aplicações farmacêuticas.

Andricopulo explica que métodos laboratoriais, computacionais e de biotecnologia podem acelerar esse processo, desde a coleta até a triagem de substâncias promissoras. No entanto, ele alerta para a necessidade de ampliar a infraestrutura nacional de pesquisa, incluindo laboratórios, bancos de germoplasma, museus e redes de biodiversidade, e de fortalecer a ligação entre a produção acadêmica e o desenvolvimento industrial. “É fundamental garantir que as descobertas feitas em laboratório avancem para ensaios clínicos, testes de toxicologia e, finalmente, cheguem à produção em escala”, afirma o especialista.

Biodiversidade amazônica

A Amazônia, uma das maiores reservas de biodiversidade do planeta, oferece um potencial único para a pesquisa farmacêutica. Um estudo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) catalogou mais de 14 mil espécies de plantas com sementes na região, reforçando sua relevância como fonte de conhecimento científico e inovação em saúde.

Diálogos Amazônicos

No webinar ‘Diálogos Amazônicos’, realizado em setembro, autoridades discutiram o papel dos bioativos da Amazônia na indústria farmacêutica. Participaram Fernanda de Negri (Ministério da Saúde), Adriano D. Andricopulo (FAPESP) e Iran Gonçalves Júnior (EMS).

Durante o debate, foram abordados temas como o desenvolvimento de novas moléculas, terapias biológicas, biotecnologia e uso de inteligência artificial, além das inovações promovidas por empresas brasileiras. A relevância da biodiversidade amazônica como fonte de conhecimento e insumos para a pesquisa e desenvolvimento de fármacos também foi um ponto central, reforçando a importância da preservação ambiental para a inovação científica.

Inovação, saúde e sustentabilidade

O webinar ‘Diálogos Amazônicos’ evidenciou a necessidade de integração entre a indústria, a academia e o governo para criar políticas e soluções que unam inovação, saúde e preservação ambiental, posicionando o Brasil de forma estratégica no cenário global de ciência e tecnologia.

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