Os Ashaninka, Korubo, Yanomami, Marubo, Yawanawá, povos do Xingu, Guajá e Suruwahá ganham vida nas imagens do Museu das Amazônias, em Belém (PA). A exposição “Amazônia”, do fotógrafo Sebastião Salgado, que faleceu em maio deste ano, convida o público a uma experiência imersiva na floresta, com fotos em preto e branco que retratam a beleza natural e a riqueza cultural da região.
Depois de encantar o público em Paris, Londres e Rio de Janeiro, a exposição desembarca pela primeira vez em Belém, propondo uma reflexão urgente sobre o presente e o futuro da Amazônia.
A curadora e responsável pela cenografia da mostra, Lélia Wanick Salgado, explica que o projeto nasceu do desejo de mostrar a floresta e alertar para a necessidade de protegê-la. “A minha intenção com esta cenografia foi fazer o visitante entrar na floresta, e se conectar com a natureza”, afirma.
A cenografia da exposição é inspirada em uma grande oca, com três estruturas vermelhas que abrigam as fotografias dos povos da floresta, identificados por seus nomes. Nas paredes ao redor, imagens dos rios, céus e montanhas completam a imersão. O visitante se perde em um labirinto de fotos da floresta, convidado a estabelecer uma relação pessoal com as obras.
A experiência é complementada por uma composição musical do francês Jean-Michel Jarre, criada a partir de sons da Amazônia. A produção da mostra também se preocupou em garantir a acessibilidade, com audiodescrição, legendas, tradução em Libras e réplicas táteis em braile para pessoas com deficiência visual.
“Optamos por não trazer fotos da Amazônia destruída ou da floresta em chamas. A gente queria a Amazônia em pé, viva, a Amazônia que nós precisamos”, finaliza Lélia Wanick Salgado.
A exposição “Amazônia” fica em cartaz no Museu das Amazônias, localizado no Armazém 4ª, Porto Futuro II, em Belém, até fevereiro de 2026. A entrada é gratuita.










