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28 de novembro de 2025

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Amapá tem um dos maiores desperdícios de água tratada do país

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O Amapá registra um alto índice de desperdício de água tratada, com perdas de 53,7% em 2023, de acordo com o Estudo de Perdas de Água 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a consultoria GO Associados. O número coloca o estado entre os piores do país, superando a média nacional de 40,3%.

A capital, Macapá, também apresenta um cenário preocupante: 53,5% da água tratada distribuída na cidade foi perdida em 2023, o que resultou na 91ª posição entre os 100 maiores municípios brasileiros. Esse índice está bem distante da meta estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, que visa reduzir as perdas para até 25% até 2034.

Na prática, isso significa que mais da metade da água tratada produzida no Amapá não chega às casas dos moradores. O estudo revelou falhas sérias na medição e cobrança do consumo, com o estado apresentando um índice negativo no faturamento da água – uma situação considerada rara e preocupante.

Em todo o Brasil, o desperdício de água tratada atingiu 5,8 bilhões de metros cúbicos em 2023, o equivalente a mais de 6 mil piscinas olímpicas por dia. Esse volume seria suficiente para abastecer cerca de 50 milhões de pessoas por um ano.

Norte do país em situação crítica

As regiões Norte (49,7%) e Nordeste (46,2%) lideram os índices de perdas de água no Brasil. Além do Amapá, outros estados da região Norte também se destacam negativamente: Alagoas (69,8%), Roraima (62,5%) e Acre (62,2%) registram os piores resultados.

Segundo o Instituto Trata Brasil, as perdas elevadas pressionam as fontes de água e aumentam os custos de produção. Além disso, dificultam o acesso à água potável para comunidades mais vulneráveis. Atualmente, cerca de 34 milhões de pessoas no país não têm acesso regular ao abastecimento de água.

Para o Amapá e Macapá, o estudo aponta para a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e gestão eficiente da água. Sem essas melhorias, o desperdício continuará a agravar a crise hídrica e a comprometer o abastecimento da população local.

Apenas 13 dos 100 maiores municípios brasileiros atingiram a meta de perdas abaixo de 25%. Macapá aparece entre os que apresentam os piores resultados, ao lado de capitais como Belém (61,9%), Rio Branco (56%) e Maceió (71,7%).

O estudo reforça que o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para reduzir as perdas de água. A meta de 25% até 2034 exige ações imediatas para garantir o acesso à água potável e enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.