13 de dezembro de 2024

Álvaro Garnero é acusado de estelionato por ex ‘Shark Tank’

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A empresãria diz ter investido US$ 300 mil em criptomoedas

Álvaro Garnero e Cris Arcangeli namoravam até pouco tempo atrás, mas o que era romance acabou se tornando uma disputa judicial. A ex-‘Shark Tank Brasil’ acusa o empresário de estelionato por envolvê-la em um esquema de pirâmide disfarçado de operação com bitcoins.

Arcangeli é fundadora de diversas empresas no ramo de beleza e é conhecida por sua influência dentro do empresariado brasileiro, sendo considerada uma das maiores empreendedoras do país. Garnero é um dos herdeiros do grupo Monteiro Aranha, um conglomerado do ramo de investimentos que administra diversas empresas no Brasil.

Álvaro Garnero e Cristiana Arcangeli travam batalha judicial por conta de investimento em pirâmide de bitcoins; ela diz ter perdido 300 mil dólares em golpe

Álvaro Garnero teria convencido Cristiana a investir US$ 300 mil (cerca de R$ 1,6 milhões) através da empresa Hibridus Club, entre 2017 e 2018. O valor investido nunca foi recuperado e, posteriormente, a empresária descobriu que a companhia era investigada por ser um esquema de pirâmide.

Cristiana Arcangeli afirma que investiu o dinheiro fazendo uma transferência para uma conta pessoal de Álvaro em um banco nos Estados Unidos. Arcangeli diz que, desde 2020, tenta reaver o valor de forma malsucedida. Agora, Cris pede que a Polícia Civil investigue Garnero e Hélio Caxias Ribeiro Filho, o fundador do Hibridus Club.

O advogado de Álvaro defende o herdeiro afirmando que “parece que nesse caso há problemas passionais mal resolvidos”. Em entrevista à coluna de Leo Dias, a defesa do ex-apresentador afirma que a empresária está tentando levar o caso para julgamento público.

“É ‘irresponsabilidade’ transformar um caso tão grave em reality show para julgamento público”, diz o comunicado.

 

 

Pirâmide de bitcoin: prática comum e pouco coibida

Pirâmides financeiras são crimes na maior parte dos países, mas ainda assim conseguem driblar as regulações e seguem operando desde que foram inventadas. Depois de esquemas como TelexFree e Fazendas Reunidas Boi Gordo, agora a nova moda são as pirâmides de bitcoin e criptos no geral.

Os golpistas se utilizam do desconhecimento do público sobre o funcionamento do blockchain e criptomoedas e aproveitam para vender que existe uma operação de criptomoedas em curso, como um fundo de investimentos. Não há nada disso e o valor pago para entrar no grupo é revertido para os superiores e você deve achar novos integrantes para integrar o esquema. E nada de bitcoins.

Pirâmides financeiras são crimes na maior parte dos países, mas ainda assim conseguem driblar as regulações

No Brasil, ficou notório o caso da Atlas Quantum, que roubou mais de R$ 4 bilhões de seus clientes, de acordo com denúncias. O dono da pirâmide AirBit Club, que operou no Brasil e fez parcerias com a Igreja Universal, Gutemberg dos Santos, lavou mais de 20 milhões de dólares e pode ser preso por até 70 anos depois de ser denunciado pelo governo dos EUA.

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