O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou hoje (14) ao participar do Diálogos 15 – Como Acelerar a Recuperação Econômica Verde, que o conceito da sustentabilidade da instituição, envolvendo o social, o ambiental e o econômico, tem ficado mais claro nos anos recentes.
“Se você quer crescer o seu Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) potencial, se você quer gerar empregos, quer ter um país próspero, naturalmente, a agenda econômica tem que andar junto com a social e a ambiental. É um tripé e se faltar uma das pernas, as outras duas terão dificuldade em caminhar”, afirmou o presidente do BNDES no debate, promovido pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e pela Embaixada da República Federal da Alemanha no Brasil.
Montezano disse que da mesma forma que está ocorrendo uma mudança no sentido de enxergar isso na economia, também os bancos de desenvolvimento estão alterando a maneira de atuar em todo o mundo. Antes, enxergava-se o banco de desenvolvimento como um cofre de dinheiro, indicou. Completou que, agora, com o mundo mais sofisticado e atento aos impactos não financeiros, é preciso migrar a atuação dos bancos de desenvolvimento, vendo a relevância financeira, mas procurando focar também nos impactos não financeiros sob a ótica social e ambiental.
“Nesse sentido, os bancos passam a deixar de ser um provedor principal e atuam mais como catalizador de recursos, alguém que quer colocar recursos mas também angariar parceiros e, principalmente, trazer o mercado financeiro junto”, declarou Montezano. (EBC)