Informação é com a gente!

30 de novembro de 2025

Informação é com a gente!

30 de novembro de 2025

Aeronave britânica estuda clima na Amazônia a partir de Santarém

peixe-post-madeirao
peixe-post-madeirao
Jornal Madeirão - 12 anos de notícias

Últimas notícias

08/10/2025
Aviso de licitação: Pregão eletrônico – licitação n. 90011/2025 – menor preço global
02/10/2025
Publicação legal: Termo de Homologação – Pregào 9009/2025
01/10/2025
Termo de Anulação – Processo Administrativo nº: 72868/2024
01/10/2025
Aviso de dispensa de licitação – PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 79818/2025
09/09/2025
Publicação legal: Aviso de reagendamento de licitação – 90010/2025
08/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação – processo 72868/2024
01/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação: processo administrativo 77824/2025
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Licitação – Processo Administrativo Nº 72868/2024
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Reagendamento de Licitação – Processo Administrativo Nº 77824/2025
25/08/2025
Publicação legal: Aviso de Reagendamento de Licitação Ampla Participação

Uma aeronave ‘Twin Otter’ do British Antarctic Survey (BAS) começou a realizar voos na Amazônia, com o objetivo de coletar dados importantes sobre o clima global. A iniciativa, que decolou no dia 26 de setembro do aeroporto de Santarém (PA), faz parte do Projeto CarbonARA-Brazil, uma pesquisa internacional focada no ciclo do carbono na região do Baixo Tapajós.

De acordo com Dirceu Luiz Herdies, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coordenador da parte aérea do Carbon-ARA, a aeronave deve cumprir cerca de 55 horas de voo, divididas em 15 etapas de 4 horas cada. Os voos, que prosseguirão até outubro de 2025, sobrevoarão a Floresta Nacional do Tapajós e a Fazenda Experimental da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

O avião, especialmente adequado para missões em áreas remotas, está equipado com instrumentos que medem a concentração de gases de efeito estufa (como CO² e metano) e aerossóis (fuligem, poeira e fumaça de queimadas). A ideia é entender melhor como a Amazônia funciona e como ela interage com o resto do planeta, explica Herdies. Os dados coletados serão apresentados na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em Belém em novembro.

Ao sobrevoar áreas estratégicas, a aeronave coleta dados atmosféricos em tempo real, que serão comparados com informações obtidas por satélites da Agência Espacial Europeia (ESA). Essa comparação ajudará a verificar a precisão das medições orbitais e a aprimorar os modelos climáticos, segundo Daniel Beedon, controlador de operações da aeronave.

A Ufopa é a única instituição da Amazônia envolvida no consórcio do projeto, coordenado pelo King’s College London. A universidade é responsável por coordenar as atividades locais, o que demonstra a importância da pesquisa científica na região. O projeto, que também utiliza torres, sensores e drones, busca entender o papel da Amazônia no balanço climático global, especialmente em relação aos impactos das queimadas. O pesquisador Júlio Tota, professor do curso de Ciências Atmosféricas da Ufopa, é o coordenador local do projeto.

O British Antarctic Survey (BAS) é o centro nacional de pesquisa polar do Reino Unido, responsável por estudos em regiões polares e pela manutenção de uma presença ativa na Antártica. O BAS opera cinco estações de pesquisa, navios e aeronaves, investigando o clima, a camada de ozônio e a vida selvagem polar, com o objetivo de gerar conhecimento global sobre o planeta.

Após a campanha em Santarém, a aeronave seguirá para a Antártida, onde continuará suas pesquisas polares.

A participação da Ufopa no projeto reforça o papel da universidade como um centro de excelência em pesquisa na Amazônia, contribuindo com conhecimento local para uma iniciativa de alcance global e utilizando tecnologias de ponta.