Com o objetivo de estabelecer ações na reintegração social de pessoas privadas de liberdade, o governo de Rondônia assinou o acordo de cooperação interinstitucional para implantação da justiça restaurativa no sistema prisional do estado, através do lançamento do projeto “Construindo Pontes: a Justiça Restaurativa na Interface com a Justiça Criminal”. O evento aconteceu no dia 12 de outubro, no auditório do Fórum Geral César Montenegro, em Porto Velho.
A assinatura foi realizada entre a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO) e a Escola de Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron). O projeto “Construindo Pontes” procura implementar um modelo de justiça mais inclusivo, que envolve vítimas, pessoas privadas de liberdade e a comunidade, na construção de soluções mais justas e pacíficas. O objetivo do evento foi apresentar e difundir a justiça restaurativa como um modelo transformador para resolução de conflitos no âmbito penal, especialmente no sistema prisional.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou a importância da ação para promover uma justiça mais acessível e transformadora. “A assinatura do acordo representa um avanço importante para o estado. A Justiça Restaurativa é uma prática que busca, acima de tudo, a reconciliação e reintegração, elementos fundamentais para construção de uma sociedade mais justa e segura.”
RESSOCIALIZAÇÃO
O projeto visa um diálogo mais próximo à sociedade; a justiça restaurativa vem ganhando espaço, como uma forma de prevenção de conflitos. Isso reflete em pensamentos para inovações e em um ambiente menos hostil dentro das unidades prisionais. O processo de reintegração busca oferecer uma nova chance para pessoas privadas de liberdade com um sistema de justiça justo, humano e eficaz.
PROGRAMAÇÃO
A programação contou com palestras e debates sobre o tema. A primeira palestra foi ministrada pela psicóloga e representante da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Poliana de Oliveira, abordando as potencialidades da justiça restaurativa, quando aplicada ao sistema criminal.
A segunda palestra foi o com tema: “Possibilidades da Justiça Restaurativa a partir da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 347 ), a partir da experiência do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC)”, ministrada pela juíza da vara de execução penais e medidas alternativas de Rio Branco, Andréa Brito, que compartilhou a experiência do TJAC na implementação da justiça restaurativa, com foco nas implicações da ADPF 347, que trata da crise do sistema carcerário brasileiro e aponta alternativas ao encarceramento.
Encerrando as atividades, foi realizado um debate mediado pela juíza Kerley Ferreira Alcântara, e os participantes puderam explorar como as práticas de justiça restaurativa podem ser aplicadas em Rondônia e em outras regiões do país.
O secretário da Sejus, Marcus Rito, enfatizou o empenho com a implementação de novas práticas que tragam resultados mais positivos para o sistema penal. “A Sejus fica honrada em participar junto aos demais órgãos presentes, na assinatura do termo de cooperação para uma aplicação de práticas restaurativas no sistema penal.”
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