Na madrugada deste sábado (21), um grave acidente na BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni (MG), deixou pelo menos 38 mortos e 11 feridos. A colisão envolveu um ônibus, uma carreta e um carro de passeio. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), trata-se da maior tragédia em rodovias federais desde 2007.
Onde aconteceu o acidente?
O acidente ocorreu no km 285 da BR-116, em uma área de Lajinha, próximo a Teófilo Otoni. O Corpo de Bombeiros informou que a batida aconteceu por volta das 3h30, envolvendo três veículos:
- Um ônibus da empresa Emtram;
- Um carro de passeio;
- Uma carreta carregada com bloco de granito.
O ônibus havia partido do terminal do Tietê, em São Paulo, na manhã de sexta-feira (20), com destino à Bahia. O trajeto incluía várias paradas até Elísio Medrado, última cidade no roteiro.
Quais veículos estavam envolvidos?
- Ônibus: Transportava 45 pessoas, incluindo o motorista.
- Carreta: Carregava uma pedra de granito; o motorista não foi localizado até o momento.
- Carro de passeio: Tinha três ocupantes.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram os veículos em chamas logo após o acidente. As cenas refletem a gravidade da tragédia, que mobilizou equipes de resgate de toda a região.
Quantas pessoas estavam envolvidas?
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 49 pessoas estavam diretamente envolvidas no acidente. Dessas:
- 38 morreram;
- 11 foram hospitalizadas, sendo:
- Sete encaminhadas para a UPA de Teófilo Otoni;
- Quatro internadas no Hospital Santa Rosália, na mesma cidade.
Segundo a PRF, a maior parte das mortes foi causada pelo incêndio que consumiu o ônibus. O agente Fabiano Santana relatou momentos de desespero no resgate:
“Foram vítimas resgatadas para o hospital, pessoas que se queimaram tentando salvar outras, crianças pedindo ajuda para resgatar os pais.”
O que causou o acidente?
As causas do acidente ainda estão sendo investigadas. Segundo a PRF, o impacto ocorreu quando o ônibus e a carreta se cruzaram na rodovia. A suspeita inicial é que a pedra de granito transportada pela carreta tenha se soltado, atingindo o ônibus e provocando uma explosão.
Um carro que vinha atrás da carreta não conseguiu frear a tempo e colidiu com ela.
A empresa Emtram, responsável pelo ônibus, afirmou que o veículo estava com a revisão em dia, pneus novos e monitoramento ativo. No entanto, a remoção recente de radares no trecho onde o acidente aconteceu também é apontada como um possível fator contribuinte.
Quem são as vítimas?
Os corpos das vítimas estão sendo identificados no Instituto Médico Legal (IML) em Belo Horizonte. O processo inclui:
- Exames de DNA;
- Análise da arcada dentária;
- Impressões digitais.
Durante o sábado, os corpos foram transportados do local do acidente para Teófilo Otoni e, em seguida, encaminhados para Belo Horizonte.
A liberação dos corpos às famílias ocorrerá após a conclusão das identificações.
O que diz a empresa Emtram?
Em nota, a empresa Emtram lamentou o ocorrido e afirmou estar colaborando com as investigações. A companhia destacou o compromisso com a segurança e o bem-estar dos passageiros.
“Estamos oferecendo suporte às vítimas e seus familiares, incluindo apoio psicológico, reconhecimento dos corpos e serviços funerários. Continuaremos à disposição das autoridades para ajudar a esclarecer as causas do acidente.”
Declaração da ANTT
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou que tanto o ônibus quanto a transportadora estavam com documentação regular. O veículo possuía:
- Seguro de responsabilidade civil;
- Certificado de segurança veicular válido;
- Cronotacógrafo em conformidade.
A ANTT também instaurou um processo administrativo para acompanhar o caso e fornecer informações às autoridades.