Na tapeçaria rica e vibrante das lendas brasileiras, encontramos histórias fascinantes e enigmáticas que tecem a nossa identidade cultural. Uma dessas lendas é a intrigante Lenda da Lua, uma história que explica a origem das misteriosas manchas que vemos em nosso satélite natural. Esta história gira em torno de um personagem chamado Manduka, cujos atos geraram tanto constrangimento que ele acabou se transformando na Lua que vemos hoje.
Manduka era apaixonado por sua irmã. Através de encontros noturnos, ele conseguia esconder sua identidade, nunca revelando seu rosto ou sua voz. No entanto, sua irmã, curiosa para descobrir a identidade do misterioso amante, decidiu marcar seu rosto com tinta de jenipapo. Manduka, apesar de tentar remover a tinta, não conseguiu apagar a marca deixada.
Ao descobrir a verdade, a irmã de Manduka sentiu uma vergonha profunda e uma raiva intensa, enquanto Manduka também ficou envergonhado quando todos descobriram seu segredo. Incapaz de lidar com a vergonha, Manduka tomou a decisão de escalar uma árvore que alcançava o céu e transformar-se na Lua, levando consigo uma cotia para lhe fazer companhia.
Esta lenda oferece uma explicação folclórica para as manchas escuras que podemos ver na lua – marcas da tinta de jenipapo que nunca foram apagadas. Além disso, segundo a lenda, a outra mancha que vemos é a cotia que acompanhou Manduka em sua jornada solitária, eternamente capturada na superfície da lua.
A Lenda da Lua é um conto encantador que revela a riqueza das tradições folclóricas brasileiras e a maneira como nossos antepassados explicavam os fenômenos naturais. Ao olharmos para a lua em uma noite clara, a história de Manduka nos lembra que, por trás de cada elemento da natureza, há uma história que espera ser contada.