Em 26 de dezembro de 2025, completam-se 109 anos da morte de Vespasiano Ramos, um nome fundamental para a literatura brasileira, especialmente na região amazônica. O poeta, que faleceu precocemente aos 32 anos, deixou um legado poético singular, condensado em seu único livro publicado, “Cousa Alguma”.
A trajetória de Vespasiano Ramos se entrelaça com a história do jornalismo e da vida cultural no início do século XX. Amigo e colaborador do jornalista João Alfredo de Mendonça, o poeta destacou-se em Belém do Pará, onde fundaram a Associação de Belas Letras e promoveram saraus e conferências literárias.

Em busca de refúgio de um amor não correspondido, Vespasiano mudou-se para Porto Velho em 1916, trabalhando como guarda-livros em um seringal. Sua saúde frágil, agravada pela tuberculose e outros males, marcou seus últimos dias na cidade, mas não o impediu de continuar a escrever. Seu poema “Ave, França” foi publicado em “O Município”, jornal local.
Seu último soneto, “Prece para as criancinhas”, escrito em meio a uma febre alta, revela seu misticismo e sensibilidade. Vespasiano Ramos faleceu na casa de João Alfredo, deixando um poema gravado na lápide de seu túmulo: “Não voltes, Cristo! Serás preso, de novo, às horas mudas”. Sua obra continua a inspirar e emocionar, consolidando-o como um precursor das letras rondonienses e um símbolo da literatura brasileira.
Com informações do Portal Amazônia.










