Risco de incêndios é maior no período de estiagem, alerta Corpo de Bombeiros de Rondônia

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Risco de incêndios é maior no período de estiagem, alerta Corpo de Bombeiros de Rondônia

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O período de estiagem é considerado crítico para o Corpo de Bombeiros devido a ocorrência de incêndios, tanto na floresta quanto na área urbana. O período sequer começou e nos meses de maio e junho o Corpo de Bombeiros já registrou incêndios em domicílios de Porto Velho, a maioria deles causados por má condição ou sobrecarga nas instalações elétricas.

Numa das ocorrências, a guarnição do Corpo de Bombeiros foi chamada no início da tarde para combater um incêndio numa residência no bairro Aponiã, na zona Leste de Porto Velho. Foram os vizinhos da casa que fizeram a chamada, uma vez que os proprietários da residência estavam fora, trabalhando. A possível causa foi visível e divulgada amplamente em veículos da imprensa: um morador da casa deixou um celular carregando sobre um sofá de tecido. De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma ocorrência que provavelmente teve início devido a curto circuito na tomada ou no fio condutor de energia ligado ao aparelho celular.

Casos como este também são frequentes envolvendo ferro elétrico e o aparelho recordista em evidências: ventiladores, que ficam ligados, superaquecem e terminam por ocasionar incêndios. “O indício deste tipo de acidente é alto, por isso é importante desligar aparelhos eletrodomésticos quando sair de casa”, informa Iranildo Dias, major diretor de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, que lembra que no período de estiagem, quando naturalmente o clima está mais seco e quente, colabora com a propagação do fogo.

Em casas de madeira, o risco de acidentes pode ser ainda maior, e o pior, a propagação do fogo é intensa e por isso geralmente quando a equipe do Corpo de Bombeiros chega ao local, há pouco a ser feito. Este mês, uma casa no bairro Areal, também em Porto Velho, foi completamente tomada pelas chamas em poucos minutos. “O deslocamento da guarnição ao local foi rápido, mas quando chegamos ao domicílio, o trabalho a ser feito foi só o de evitar que o fogo atingisse as casas vizinhas”, relata Lucelma Cordeiro, oficial que estava de plantão no Corpo de Bombeiro no dia do incidente.

De acordo com o major Iranildo, cuidados simples podem evitar um incêndio, como não sobrecarregar tomadas elétricas, com utilização de somente um ponto de energia, por exemplo, ou não deixar fios expostos. “A falta de reparo nas instalações elétricas, assim como de manutenção da fiação antiga, estão entre as principais causas de incêndio em residências”, alerta Iranildo.

A sobrecarga, segundo o major, também pode acontecer desde a solicitação da energia elétrica, na empresa fornecedora, que no ato do preenchimento de um formulário dimensiona a quantidade de energia que será suficiente para suprir as necessidades do domicílio. “Na hora de regularizar, muitos usuários omitem a quantidade de aparelhos que têm em casa, para que a taxa a ser cobrada seja a mínima possível, mas esta atitude pode provocar sobrecarga na rede”.

O procedimento citado pelo major define, por exemplo, se a ligação de um domicílio será monofásica, bifásica ou trifásica. “Mas este é um procedimento que pode ser redimensionado a qualquer momento”, lembra.

LIGAÇÕES CLANDESTINAS

Segundo o Corpo de Bombeiros, a utilização de ligações clandestinas, comumente chamadas de “gato”, é recorrente por moradores de Porto Velho. O procedimento é prejudicial para os usuários que pagam as contas de energia regularmente, que terminam dividindo a conta com quem utiliza ligações clandestinas e favorece a ocorrência de incêndios. “A maioria dos incêndios acontece em casas que têm ligações clandestinas”, diz Iranildo.

De acordo com ele, as ligações irregulares também põem em exposição as equipes do Corpo de Bombeiros e as pessoas que circulam ou moram nas casas, cujos proprietários utilizam “gatos” na rede elétrica. “Há poucos dias, nossa equipe estava atuando numa ocorrência e um profissional precisou subir no forro da casa. Tivemos a garantia do proprietário do imóvel que a passagem de energia estava interrompida, ou seja, aparentemente a rede elétrica estava desligada, mas não estava. O profissional recebeu uma descarga elétrica e passou três dias internado. Isso é sério! Conseguimos ter controle do que é legal, mas na ilegalidade, numa emergência não temos como atuar”, reforça o major Iranildo.