CDL Porto Velho e entidades cobram atenção à segurança pública nos centros comerciais

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CDL Porto Velho e entidades cobram atenção à segurança pública nos centros comerciais

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Na manhã desta sexta-feira, 13, lideranças empresariais estiveram em reunião com o comando da segurança pública do Estado de Rondônia, no Palácio do Governo, em Porto Velho, para discutir e buscar uma solução sobre a temática acerca da sensação de insegurança enfrentada nos centros comerciais da Capital.
A presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Velho, Joana Joanora das Neves, expôs sobre a grande demanda de reclamações que a entidade recebe sobre arrombamento, assaltos, roubos/furtos. Segundo ela, as ocorrências policiais são registradas e enviadas às autoridades, mas não tem tido retorno. “A gente se sente incapaz. Ao chegarmos e verificarmos a nossa empresa arrombada é triste. Agora, estão agindo com um novo perfil, ou seja, perfurando as paredes do fundo das lojas e entrando. Também se nota que não estão buscando equipamentos eletrônicos e, sim, dinheiro. Mas, não encontrando, acabam levando mercadorias”, destacou.
Joana Joanora também expôs que o problema é antigo, mas percebe-se que agora, tem se ampliado. “Têm lojas que somente em junho já foram alvo dos bandidos duas vezes. Como somos cobrados, estamos buscando soluções para que não sejamos [donos, funcionários e clientes] num futuro próximo reféns. Todas as regiões estão sendo prejudicadas”

Motivação

Já Francisco Holanda de Oliveira, que representou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia (Fecomércio-RO), destacou que a motivação da reunião é dar incentivo à atuação dos órgãos competentes. “Entendemos que é preciso um tipo de estratégia de inteligente para conseguirmos chegar num resultado, reduzir esses índices de criminalidade, com um maior empenho”.

Estratégias

De acordo com o presidente do Sindicato dos Atacadistas de Rondônia, Júlio Cesar Gasparelo, vários prédios de sua área sofreram com assaltos que, normalmente, ocorrem no período noturno e, a busca é por cofre e quebram muita coisa. “Hoje em dia é difícil achar dinheiro nas empresas e, hoje estamos preocupados que possam mudar a estratégia de atuação para querer mais. Isso assusta o empresário”, disse preocupado. “Precisamos de mais inteligência para que isso possa ser adiantado, com um flagrante, por exemplo”, reforçou.

Receios

Outros empresários presentes na reunião citaram que, as suas equipes estão receosas de realizarem ocorrências por medo de serem marcados pelos bandidos, por estarem em regiões consideradas de ‘perigo’ e de muita movimentação. A rua Amador dos Reis e Avenida Jatuarana, por exemplo, foram citadas como de muita movimentação, sobretudo, a partir das 17 horas, deixando a região com pouca cobertura policial.
O representante do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado de Rondônia (Sindilojas), Adailton Barbosa, relatou que o sentimento da sua categoria é de repúdio devido a insegurança do momento. “Há muitos prejuízos ao contribuinte e os funcionários ficam com medo de realizar o atendimento. Sem clientes, por medo, reduz a venda e a renda e causam prejuízos ao Estado. Cada vez mais cresce as despesas e reduz o lucro”, destacou.

Encaminhamentos

De acordo com o capitão PM Marcelo Duarte Correia, secretário executivo do gabinete do governador de Rondônia, através da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), tem sido trabalhado um pacote de tecnologia, não apenas com câmeras de monitoramento, mas com tecnologia facial e leitura de placas de veículos. Além disso, a contratação de mais de 100 jovens para atuar no acompanhamento deste serviço (câmeras), substituindo o trabalho de policias por jovens para que o efetivo esteja mais atuante nas ruas.
Na próxima semana, uma nova reunião será viabilizada para discutir um plano de ação de forma estratégica através do programa “Rondônia Mais Segura”, visando dar maior segurança nas regiões comerciais. “Essa aproximação é positiva. Apenas pelo fato de conversar com um integrante da Polícia já dá um afago ao comerciante e, com isso, facilita o andamento de atendimento às demandas”, finalizou capitão.